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14/Jun/2024

Conab reduz projeção da safra de arroz 2023/2024

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu novamente a sua estimativa de produção de arroz no País na safra 2023/2024 de 10,495 milhões de toneladas para 10,396 milhões de toneladas no seu 9º levantamento de safra divulgado nesta quinta-feira (13/06). As enchentes no Rio Grande do Sul, que inundaram parte das lavouras não colhidas, foram o principal motivo para a redução da produtividade e da safra em 0,9% ante o projetado no mês anterior.

Em relação ao potencial inicial da safra, a Conab estima perdas de 411,2 mil toneladas. Mesmo com a menor produção ante o esperado, a produção nacional será 3,6% superior ao colhido na temporada anterior com a área maior compensando a queda da produtividade. A safra está praticamente consolidada com 99,2% da área colhida. A maior parte ainda a ser retirada das lavouras encontra-se no Maranhão. No Rio Grande do Sul, que responde por 70% da produção nacional, a estimativa de safra foi ajustada de 7,274 milhões de toneladas para 7,083 milhões de toneladas.

O potencial inicial de colheita do Estado era de 7,739 milhões de toneladas. A estimativa é de perda de 393 mil toneladas no Estado em virtude das fortes chuvas que afetaram lavouras implantadas. O prejuízo foi limitado pelo fato de 93% da área estar colhida quando as enchentes iniciaram. Em relação ao balanço de oferta e demanda do cereal, as estimativas de importação do cereal foram mantidas em 2,2 milhões de toneladas, de consumo em 11 milhões de toneladas e de exportação em 1,2 milhão de toneladas.

O estoque final foi reduzido de 2,283 milhões de toneladas para 2,183 milhões de toneladas. A safra de arroz é uma das principais preocupações do governo federal que teme impactos ao abastecimento interno do cereal. O Executivo autorizou a Conab a importar até 1 milhão de toneladas, com recursos liberados de R$ 7,2 bilhões, para frear o aumento dos preços domésticos do grão.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Rio Grande do Sul será responsável por 69,3% da produção de arroz nacional em 2024. As condições climáticas não favoreceram o cultivo, apresentando queda na produtividade por conta do excesso de chuvas nos primeiros meses de implantação da cultura, assim como um maior período de nebulosidade, comprometendo diretamente o desempenho da cultura a campo.

Dessa forma, haverá declínio de 4,3% na produtividade, apesar de um aumento de 7,1% na área colhida. Importa ressaltar que, em função dos recentes aumentos de preços do cereal, na safra 2024 houve aumento das áreas de plantio, o que não acontecia há alguns anos, em função de muitos produtores estarem alternando as áreas de várzea com o plantio de milho e de soja, culturas até então mais rentáveis. As preocupações no momento são com as fortes chuvas que acometeram o Estado no fim de abril.

Mais perdas em culturas no Rio Grande do Sul ainda devem ser calculadas nos próximos relatórios visto que, em virtude da obstrução nas estradas, não foi possível fazer o levantamento em todos os municípios atingidos. Uma das principais preocupações era o arroz, mas não deve haver falta do produto nos próximos meses, considerando a entrada da nova safra no momento. O que está acontecendo, no entanto, é uma perda da qualidade do grão em áreas em que ainda não haviam sido colhidas. A qualidade do arroz que não tinha sido colhido está pior, mas ainda não é possível estimar com precisão. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.