19/May/2025

Em abril, os preços mundiais do arroz caíram mais 2,5%, mas parecem ter chegado a um piso. Os preços mundiais permanecem em seu nível mais baixo desde setembro de 2022. A Índia sofreu quedas significativas, enquanto os preços na Tailândia também caíram, mas em menor grau. Em contraste, os preços no Vietnã e no Paquistão mostraram alguma firmeza devido às fortes vendas no Sudeste Asiático e no Oriente Médio, respectivamente. Nos Estados Unidos, os preços permaneceram estáveis, enquanto no Mercosul foram observadas quedas acentuadas de 10% devido a novas safras mais abundantes. A demanda global começou a se reativar graças a uma oferta de exportação que permanecerá superavitária durante grande parte do ano, o que pesará sobre os preços mundiais em 2025. As perspectivas para o comércio mundial em 2025 apontam para um novo aumento, ultrapassando 60 milhões de toneladas contra 59,7 milhões de toneladas em 2024. Com o fim das restrições à exportação, a Índia espera atingir um novo recorde histórico de 24 milhões de toneladas, equivalente a 40% do comércio global de arroz.

Na Índia, os preços do arroz caíram 5,5% em abril, em parte devido à fraqueza da rúpia em relação ao dólar. As exportações continuam a um ritmo sustentado de 2 milhões de toneladas por mês, estimuladas pela procura de importações africanas. As exportações são estimadas para 24 milhões de toneladas em 2025, progredindo significativamente 38% em relação a 2024 e equivalentes a 40% do comércio mundial de arroz. Em abril, os preços do arroz branco e parboilizado foram cotados US$ 376,00 por tonelada FOB, contra US$ 398,00 por tonelada em março. Em maio, os preços estão relativamente estáveis em torno de US$ 380,00 por tonelada, seu nível mais baixo desde outubro de 2022.

Na Tailândia, os preços caíram 3,5% em abril. Desde o retorno da Índia ao mercado de exportação no último trimestre de 2024, os preços tailandeses caíram 30%. É o nível mais baixo desde dezembro de 2021. No entanto, os preços ficaram mais firmes no final de abril, por causa da valorização do bath em relação ao dólar. Dada a forte concorrência entre os exportadores asiáticos, as exportações tailandesas podem cair 25% em 2025, para 7,5 milhões de toneladas. Em abril, o arroz tailandês Thai 100%B esteve cotado US$ 406,00 por tonelada contra US$ 418,00 por tonelada em março. O arroz parboilizado foi negociado a US$ 411,00 por tonelada contra US$ 425,00 por tonelada anteriormente. O arroz quebrado A1 Super caiu para US$ 340,00 por tonelada contra US$ 352,00 por tonelada em março. Em maio, os preços estão estáveis.

No Vietnã, os preços de exportação subiram devido às novas demandas do Sudeste Asiático e da África. Além disso, a nova safra só chegará ao mercado em algumas semanas. O ano de 2025 será difícil para os exportadores vietnamitas, com uma possível queda nas vendas externas para 7,5 milhões de toneladas, 18% menor que as vendas recordes de 2024. Em abril, o arroz Viet 5% foi negociado a US$ 398,00 por tonelada contra US$ 395,00 por tonelada anteriormente. O Viet 25% esteve cotado a US$ 370,00 por tonelada contra US$ 368,00 por tonelada. Em maio, os preços estão estáveis.

No Paquistão, os preços do arroz permaneceram relativamente firmes em abril devido às novas demandas de importação. Os preços se mantiveram competitivos em relação aos preços da Índia, mas as exportações paquistanesas podem cair para 5,5 milhões de toneladas, contra 6,5 milhões de toneladas em 2024. Em abril, o Pak 5% foi negociado a US$ 390,00 por tonelada contra US$ 385,00 por tonelada em março. Em maio, os preços estão operando com estabilidade.

Nos Estados Unidos, os preços do arroz caíram dentro de um mercado externo pouco ativo. Em abril, as exportações atingiram 185.000 toneladas, contra 240.000 toneladas em março, marcando um atraso de 26% em relação a 2024 na mesma época. Em abril, o preço indicativo do arroz Long Grain 2/4 esteve cotado a US$ 675,00 por tonelada, contra US$ 680,00 por tonelada em março. Em maio, os preços estão estáveis. Fonte: Informativo Mensal do Mercado Mundial de Arroz - CIRAD. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.