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28/Set/2020

Funcafé: contratação por instituições financeiras

O Conselho Nacional do Café (CNC) informa que 30 instituições financeiras assinaram contratos para o recebimento de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), totalizando R$ 5,108 bilhões, até a sexta-feira (25/09), valor que corresponde a 89,45% do total de R$ 5,710 bilhões disponíveis. Ainda restam dois agentes: Santander Brasil (tomou parcialmente os recursos) e Citibank, que se credenciaram a rubricar os contratos, envolvendo um montante de R$ 602,5 milhões. A liberação dos recursos aos agentes até o momento se encontra em R$ 2,061 bilhões, com data de referência de 4 de setembro. Do volume repassado, R$ 861,4 milhões foram destinados à Comercialização, o que corresponde a 37,5% do disponibilizado para esta linha; R$ 566,4 milhões para Custeio (35,4%); R$ 362,1 milhões ao Financiamento para Aquisição de Café - FAC (31,5%); e R$ 270,6 milhões para Capital de Giro (41,6%).

Com relação à questão de armazenamento do café, pois o País colhe a segunda maior safra da história (61,6 milhões de sacas de 60 Kg), a combinação de clima seco com as instruções de higiene e precaução contra Covid-19 permitiram um andamento célere da colheita, culminando em maior entrada de café nos armazéns de nossas cooperativas em um período mais estreito. Isso não foi problema, pois as cooperativas cafeeiras vêm se estruturando e aumentando suas capacidades. Outro ponto levantado, que justifica o maior volume de café estocado nas cooperativas, reflete o profissionalismo e a capacitação dos produtores na negociação. A maior parte desse café nos armazéns não implica excesso de oferta, uma vez que, dependendo da cooperativa e de sua localidade, entre 60% e 70% desse produto estocado já se encontra comercializado, percentual acima de uma média, para esse período, que se situa pouco acima de 40%.

Os produtores estão cada vez mais capacitados e contam com a expertise dos departamentos técnicos das cooperativas para realizarem bons negócios, travando suas vendas de maneira antecipada. O resultado é que os cafeicultores cooperados entregam, hoje, seu café acima de R$ 600,00 por saca de 60 Kg, preço superior ao negociado no mercado físico atualmente. As diversas formas de comercialização que as cooperativas do CNC oferecem, como barter, que envolve a troca do café por insumos e maquinários, por exemplo, também contribuem para o cenário de bons volumes estocados. Por isso, grande parte dos cafés armazenados já está vendida, com nossas cooperativas os preparando para entregá-los aos compradores. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.