19/Set/2022

Segundo o Itaú BBA, a safra brasileira de café arábica 2022, em fase final de colheita, está estimada em 38 milhões de sacas de 60 Kg, limite inferior da simulação feita pelo banco em novembro do ano passado (38 milhões a 42 milhões de sacas de 60 Kg). A safra brasileira de arábica pode ter sido um pouco menor que as 41,5 milhões de sacas de 60 Kg estimadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A projeção para a produção de conilon (robusta) foi mantida em 22,8 milhões de sacas de 60 Kg.

Desse modo, a safra brasileira em 2022 deve totalizar 60,8 milhões sacas de 60 Kg, implicando queda do superávit global entre produção e consumo estimado de 7,9 milhões de sacas de 60 Kg para 4,4 milhões de sacas de 60 Kg em 2022/2023. Porém, o tamanho real da safra brasileira 2022 será definido apenas em meados do próximo ano, por diferença, a partir da consolidação do que de fato será exportado até lá.

Se a produção foi próxima de 60 milhões a 61 milhões de sacas de 60 Kg, o Brasil terá condições de exportar pelo menos 2,9 milhões de sacas de 60 Kg por mês, ou 35 milhões de sacas de 60 Kg até julho de 2023. Com relação à safra 2023, o desenvolvimento climático no Brasil nas próximas semanas será determinante como ponto de partida, sendo fundamental observar o retorno das chuvas sem grande atraso para a abertura da florada principal e com condições favoráveis na sequência para seu pegamento.

Caso o clima se mostre favorável, os futuros na Bolsa de Nova York podem apresentar algum ajuste para baixo. Em contrapartida, caso as condições climáticas se mostrem adversas, certamente haverá descontos de produção para 2023 e o potencial reduzido. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.