14/Out/2022
Segundo o Itaú BBA, o desafiador cenário macroeconômico global e o clima no Brasil são alguns dos principais riscos para a sustentação das cotações internacionais do café. O espaço para recuos dos preços é limitado, levando em conta o balanço de oferta e demanda apertado historicamente para o ano 2022/2023, embora levemente melhor do que o ciclo anterior. O quadro macroeconômico torna-se ainda mais complicado com a incerteza associada ao conflito no Mar Negro, o que afeta a perspectiva econômica principalmente no bloco europeu, importante centro consumidor de café.
Apesar da resiliência histórica do consumo global da bebida, a Europa atravessa um momento muito particular com a inflação elevada exigindo mais juros, o que tende a reduzir a atividade. Com relação ao clima no Brasil, caso não haja surpresas negativas, favorecerá as expectativas para a próxima safra, que tem grande potencial. Embora distante, o mercado de café costuma antecipar a safra futura na precificação, mas antes disso será preciso observar o quão resiliente serão os números de exportação, principalmente no primeiro trimestre de 2023, que poderão refletir a dimensão da quebra de 2022.
As indicações climáticas até o fim do mês são, de modo geral, favoráveis às lavouras neste período pós florescimento permitindo a recuperação do nível de umidade nos solos após um longo período seco. Entretanto, alguns municípios do Sul de Minas (MG) sofreram com granizo na semana passada, danificando cafezais numa área estimada pela Emater-MG de 13 mil hectares, o que equivale a 0,9% da área brasileira de café arábica em produção. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.