05/Abr/2023

Os produtores de arábica preveem que alguns talhões comecem a ser colhidos na segunda quinzena de abril em parte das regiões, sobretudo nas lavouras em que a florada foi precoce em 2022. Vale ressaltar que, mesmo iniciando antes do usual, um volume significativo de grãos deverá aparecer no mercado apenas a partir do fim de maio. No Noroeste do Paraná, a previsão é de que as atividades sejam iniciadas em meados de junho, já que os grãos ainda estão verdes. Paralelamente aos primeiros trabalhos de colheita da safra 2023/2024, os produtores seguem com certa preocupação diante da previsão de início de El Niño entre junho e julho.

O fenômeno é responsável pela elevação das temperaturas e estiagem em parte das regiões produtoras de café, sobretudo as da Região Sudeste. Além da safra atual, pode ser que o fenômeno climático influencie também o início das floradas para a safra 2024/2025, dependendo da intensidade, mas ainda é muito cedo para quaisquer perspectivas. Ao longo de março, os valores seguiram oscilando com força. As cotações foram influenciadas pelas altas e baixas externas. Ressalta-se que os estoques certificados na Bolsa de Nova York seguem em patamares ainda baixos. O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto em São Paulo teve média mensal de R$ 1.104,68 por saca de 60 Kg em março, queda de 2,2% frente à do mês anterior.

O menor Indicador do mês passado foi registrado no dia 31 de março, quando esteve em R$ 1.044,94 por saca de 60 Kg, e o mais alto, de R$ 1.136,99 por saca de 60 Kg, ocorreu no dia 2 de março. No acumulado do mês de março, o Indicador recuou 10%. Na Bolsa de Nova York, as oscilações estiveram atreladas a movimentos de correção e recuperação técnicas, a especulações de mercado, ao câmbio, a preocupações climáticas, ao bom desenvolvimento das lavouras do Brasil, à expectativa de elevada produção e aos estoques justos. O contrato Maio/2023 finalizou o dia 31 de março a 170,50 centavos de dólar por libra-peso, forte baixa de 8,5% frente ao dia 28 de fevereiro. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.