11/Mai/2023
Segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), o Brasil exportou em abril 2,722 milhões de sacas de 60 Kg de café, 10,3% menos que em igual mês de 2022. A receita também registrou queda no período, de US$ 727,8 milhões, para US$ 604,5 milhões, recuo de 16,9%. Apesar do desempenho inferior ao de 2022, no geral, as perspectivas futuras são favoráveis ao setor. No mercado físico, tem se observado um aumento de liquidez nas ofertas de arábica da safra corrente por parte dos produtores, que, obviamente, já se preparam para a colheita. Quanto aos preços, o principal fator de pressão é o câmbio. Os compradores da commodity, que postergaram ao máximo suas compras no início do ciclo, têm mostrado um interesse maior para o consumo, o que pode resultar em volumes melhores para embarques em maio e junho. Para a safra nova, também há expectativas positivas, tendo em vista as boas condições das lavouras e o interesse comprador por parte dos países importadores.
Em abril, o preço médio dos embarques foi de US$ 222,08 por saca de 60 Kg, ou 7,4% a menos do que os US$ 239,83 por saca de 60 Kg de abril de 2022. No acumulado dos dez meses da safra 2022/2023 (de julho de 2022 a abril deste ano), os embarques brasileiros de café alcançaram 30,495 milhões de sacas de 60 Kg, volume 9,1% menor na comparação com os 33,535 milhões de sacas de 60 Kg exportadas de julho de 2021 a abril de 2022. A receita no período avançou 4,6% na comparação anual, atingindo US$ 6,993 bilhões. Para os próximos meses, a aproximação com o período de inverno requer maior cautela de todos os players. Entretanto, ao que tudo indica, sem a ocorrência de acidentes climáticos, haverá uma recuperação da produção de arábica, tão afetada nos últimos dois anos. Em abril, os Estados Unidos seguiram o principal destino do produto brasileiro, adquirindo 2,051 milhões de sacas de 60 Kg, volume 19,2% inferior ao registrado no mesmo período de 2022. O volume representou 18,5% dos embarques totais brasileiros no mês passado.
O café arábica foi o mais exportado entre janeiro e abril deste ano, com 9,451 milhões de sacas de 60 Kg, ou 85,2% do total. O segmento do solúvel teve o equivalente a 1,239 milhão de sacas de 60 Kg embarcadas, com representatividade de 11,2%, seguido pela variedade canéfora (robusta + conilon), com 393.976 sacas de 60 Kg (3,5%) e pelo produto torrado e torrado e moído, com 13.128 sacas de 60 Kg (0,1%). Os cafés diferenciados, que possuem qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis, representaram 18,4% das exportações totais brasileiras do produto nos quatro meses do ano, com o envio de 2,041 milhões de sacas de 60 Kg ao exterior. O volume representa crescimento de 2,1% na comparação com o volume embarcado pelo País em igual período de 2022. O preço médio do produto foi de US$ 247,56 por saca de 60 Kg, com receita de US$ 505,3 milhões, o que corresponde a 21% do total obtido com os embarques no mês passado. No comparativo anual, o valor é 18,6% menor. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.