06/Mar/2024

Os impactos do clima sobre o desenvolvimento das lavouras brasileiras, a aproximação da colheita da safra 2024/2025, especulações quanto ao volume de produção e os estoques globais são fatores que resultaram em fortes oscilações nos preços externos e internos do café arábica ao longo de fevereiro e neste início de março. Em fevereiro, a média do Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto em São Paulo, foi de R$ 1.008,26 por saca de 60 Kg, leve aumento de 1,8% frente à média do mês anterior, mas forte queda de 10,7% em relação à de fevereiro/2023.

A desvalorização anual do grão está diretamente relacionada às expectativas quanto à oferta. A temporada 2022/2023 foi de quebra produtiva, e, por isso, os preços do café foram fortemente impulsionados. Já o grão que está sendo negociado atualmente é proveniente da safra 2023/2024, que, vale lembrar, apresentou recuperação na colheita em comparação com a anterior, o que acabou causando enfraquecimento nos preços de comercialização.

Ainda assim, ressalta-se que a média do arábica acima de R$ 1.000,00 por saca de 60 Kg não era vista desde maio do ano passado. Na Bolsa de Nova York, os futuros do arábica finalizaram o dia 29 de fevereiro a 184,35 centavos de dólar por libra-peso (vencimento Maio/2024), alta de 1% em relação ao dia 14 do mesmo mês, data em que ocorreu a rolagem dos contratos negociados. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.