12/Jun/2024

As cotações do café robusta estão em alta no Brasil neste começo de junho. Com isso, no dia 6 de junho, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, peneira 13 acima, à vista, a retirar no Espírito Santo, atingiu R$ 1.247,17 por saca de 60 Kg, renovando o recorde real da série do Cepea, iniciada em novembro de 2001 (valores foram corrigidos pelo IGP-DI abril/2024). O Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, peneira 13 acima, à vista, a retirar no Espírito Santo, está cotado a R$ 1.208,02 por saca de 60 Kg, elevação de 0,8% nos últimos sete dias. O tipo 7/8, bica corrida, à vista, a retirar no Espírito Santo, tem valorização de 0,9% no mesmo período, a R$ 1.190,40 por saca de 60 Kg.

A sustentação vem de projeções indicando oferta mundial apertada da variedade, devido ao clima adverso no Vietnã, que é o principal produtor de robusta. Apesar das recentes reações nos valores do café, poucos vendedores estão ativos no spot brasileiro. Atualmente, o foco de agentes tem sido a colheita de café da safra 2024/2025, que está a todo o vapor. Os produtores de robusta estão concentrados na colheita e em segregar os lotes para cumprir os contratos firmados. Apesar de ser esperada uma safra com volume considerável no Brasil (somando-se robusta e arábica), o começo da colheita tem mostrado que o rendimento no campo não tem sido tão bom, já que a peneira em boa parte das regiões tem sido miúda e são poucos os relatos de peneira graúda.

No Espírito Santo, maior Estado produtor de robusta nacional, agentes apontam que aproximadamente 40% da produção estimada já foi colhida. Mesmo com uma peneira aquém do ideal, a qualidade do café tem sido boa até o momento. Em Rondônia, outro importante Estado produtor da variedade, a colheita está mais avançada, restando aproximadamente 25% da produção estimada para ser colhida. No Estado, as maiores reclamações de cafeicultores estão relacionadas à peneira, que ainda está abaixo do esperado. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.