27/Jun/2024
Segundo o Rabobank, a continuidade dos conflitos no Mar Vermelho, as incertezas quanto à oferta de café do Vietnã e o aumento da participação dos fundos não-comerciais na Bolsa de Nova York devem sustentar os preços do café em 2024. Além disso, o Regulamento da União Europeia para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR), que dispensa dados de geolocalização para produtos importados até o fim de 2024, pode incentivar os torrefadores europeus a anteciparem as importações, mesmo em um mercado desfavorável ao armazenamento.
Com a chegada do inverno no Brasil, o clima pode se tornar foco em um mercado com balanço global ainda apertado. No curto prazo, qualquer risco de geada ou temperaturas baixas devem se tornar ser fatores de valorização de preços. Entretanto, alguns fatores podem pressionar os preços de café. Os estoques certificados crescem significativamente em 2024. Desde janeiro, os estoques de café arábica e robusta aumentaram 233% e 72%, respectivamente. Além disso, relatórios recentes de empresas do setor apontam preocupações quanto ao crescimento da demanda.
O Rabobank estima a safra brasileira 2024/2025, em fase de colheita, em 69,8 milhões de sacas de 60 Kg, das quais 46,5 milhões de saca de 60 Kg de arábica e 23,3 milhões de sacas de 60 Kg de conilon (robusta). As exportações brasileiras de café continuam fortes. No ritmo atual, e se os atuais gargalos logísticos permitirem, a projeção é de que as exportações totais de café superem 46 milhões de sacas de 60 Kg, tanto para o ano safra (julho/2023-junho/2024) quanto para o ano de 2024. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.