12/Aug/2024

Segundo o Commerzbank, as recentes altas nos preços do café podem permanecer no curto prazo, impulsionadas por sinais que sugerem escassez da oferta global. As cotações das variedades arábica e robusta se aproximaram de suas máximas com a perspectiva de colheita menor no Brasil, menores exportações do Vietnã e efeitos da nova regulamentação antidesmatamento da União Europeia (UE). No Brasil, maior produtor de arábica, a colheita de café deve ser menor do que o esperado. A StoneX estimou uma redução na previsão de safra de pouco mais de 1 milhão de sacas de 60 Kg, para 65,9 milhões de sacas de 60 Kg, enquanto a previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em maio foi de 58,8 milhões de sacas de 60 Kg.

Além disso, com a menor disponibilidade de grãos de robusta, a demanda por arábica pode aumentar. O maior produtor mundial de robusta, o Vietnã, teve exportações quase 14% menores do que no ano anterior nos primeiros sete meses do ano. Junto a isso, a regulamentação da União Europeia que entrará em vigor na virada de 2024/2025 já causa impactos. Com ela, os fornecedores de café para o bloco terão de provar que o café não foi cultivado em áreas previamente desmatadas. Como resultado, a demanda está aumentando no curto prazo antes que esta diretriz entre em vigor. Isso pode ser observado no aumento da diferença de preço entre o contrato futuro com entrega em setembro e os contratos futuros com data de vencimento posterior. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.