14/Aug/2024

Os preços do café apresentam forte alta nesta semana no Brasil. Esse cenário se deve diretamente ao clima mais frio desde o último final de semana em grande parte do Centro-Sul do País, sobretudo em importantes regiões produtoras de arábica. Agentes apontaram, inclusive, a ocorrência de geadas pontuais em algumas áreas de baixada, como na Mogiana Paulista (SP) e no Cerrado Mineiro (MG). No sul de Minas Gerais, o clima frio também atingiu as lavouras, mas sem registros de geadas significativas. Os impactos ainda não podem ser estimados de forma mais consistente, mas a expectativa é de que não houve danos expressivos nos cafezais.

Contudo, a massa de ar frio deve permanecer nas regiões até meados desta semana, o que mantém os produtores em alerta. Além do clima frio, o longo período sem chuvas expressivas nas lavouras brasileiras de café também pode afetar as condições fisiológicas das plantas que irão produzir na próxima temporada (2025/2026). Essas adversidades climáticas têm afetado a produtividade nos últimos anos, e, com o fim da colheita 2024/2025 e a preparação para a próxima safra, o clima novamente segue no radar de produtores. Ainda é cedo para se falar do desenvolvimento da próxima produção de café, mas as condições iniciais para o início dos tratamentos em 2025/2026 já se mostram bastante desafiadoras no Brasil.

Em termos de preços, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto em São Paulo, está cotado a R$ 1.431,20 por saca de 60 Kg, alta de 1,25% nos últimos sete dias. Mesmo com o avanço, os vendedores negociam pouco nesta semana. Na Bolsa de Nova York, o contrato Dezembro/2024 do arábica está cotado a 238,55 centavos de dólar por libra-peso, elevação de 6,35% nos últimos sete dias. O contrato avançou justamente após o clima esfriar nas regiões produtoras brasileiras. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.