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21/Aug/2024

Arábica: preocupação com oferta eleva as cotações

Os preços externos e internos do café arábica estão oscilando com certa força nos últimos dias. A onda de frio que atingiu as lavouras desta variedade nas regiões de Mogiana Paulista (SP) e do Cerrado Mineiro (MG) trouxe apreensão entre agentes do mercado, contexto que resultou em alta nos valores do grão no começo da semana passada. Alguns talhões em áreas mais baixas chegaram a ser afetados pela geada, mas os estragos foram apenas localizados. No entanto, à medida que as temperaturas foram subindo ao longo da semana, a possibilidade de novas geadas foi descartada, e os preços passaram a cair. De qualquer forma, preocupações relacionadas à oferta mundial apertada estão impulsionando os valores.

Passada a onda de frio e com a colheita praticamente finalizada na maior parte das regiões, os cafeicultores se atentam à seca. Desde abril, o volume de chuva está abaixo do necessário, condição que deixa as lavouras debilitadas para começar os preparativos da próxima temporada (2025/2026). Da safra 2024/2025, os produtores agora realizam as tarefas finais no campo, como varrição, e estão um pouco mais otimistas. Ressalta-se, no entanto, que os últimos cafés colhidos podem apresentar qualidade inferior, em especial a bebida. Os esforços devem passar a se voltar aos tratamentos de condução para o próximo ano-safra, que será de bienalidade baixa.

A aposta é que, com o poder de compra mais favorável, os cafeicultores devem investir na condução e na revitalização de maquinários, como tratores e secadores. Existe a expectativa também de replantio de café em talhões com a vida útil perto do fim. O Indicador CEPEA/ESALQ do café arábica do tipo 6, bebida dura para melhor, posto em São Paulo, registra leve queda de 0,2% nos últimos sete dias, cotado a R$ 1.428,43,07 por saca de 60 Kg. Na Bolsa de Nova York, o contrato Dezembro/2024 do arábica está cotado a 244,35 centavos de dólar por libra-peso, elevação de 2,4% nos últimos sete dias. Embora os preços tenham subido nos últimos dias, as oscilações nos mercados internacional e doméstico afastam os vendedores do spot, limitando as negociações. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.