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10/Oct/2024

EUA liderando nas importações de café do Brasil

Segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), os Estados Unidos, principal destino dos cafés do Brasil, importaram de janeiro a setembro 5,770 milhões de sacas de 60 Kg, 31,9% mais que em igual período do ano passado. O volume equivaleu a 15,8% de todas as exportações de café brasileiro. A Alemanha, com 14,7% de representatividade, adquiriu 5,359 milhões de sacas de 60 Kg (+70,8%). Na terceira posição aparece a Bélgica, com a importação de 3,328 milhões de sacas de 60 Kg (+131,5%). Depois vêm Itália, com 3,021 milhões de sacas de 60 Kg (+47,3%); e Japão, com 1,633 milhão de sacas de 60 Kg (-3,1%). Analisando os embarques feitos para outros países produtores, destacam-se os números registrados para o México, que ampliou em 169,3% suas aquisições do produto brasileiro no acumulado de 2024 ao adquirir 839.601 sacas de 60 Kg, sendo 712.103 sacas de 60 Kg delas referentes a cafés verdes (arábica e canéfora). Essa performance coloca o México no topo do ranking das nações produtoras que mais importaram do Brasil.

O Vietnã, segundo maior produtor do mundo, continua ampliando suas compras dos cafés brasileiros para honrar seus compromissos. Entre janeiro e setembro, o Vietnã, que lidera a produção global de robusta, importou 637.546 sacas de 60 Kg, o que representa substancial crescimento de 374,8% ante mesmo intervalo em 2023. Desse total, 484.777 sacas de 60 Kg se referem a robusta, reforçando que o café brasileiro vem sendo utilizado pelo país asiático para completar a demanda que recebe. Destacou para as compras da Índia, com crescimento de 475,7%, de 33.856 sacas de 60 Kg no ano passado para 194.896 sacas de 60 Kg de janeiro a setembro de 2024. É válido pontuar que, em 2024, a Índia importou apenas o produto in natura (arábica, conilon e robusta), o que, se comparado somente com os cafés verdes que adquiriram nos nove primeiros meses de 2023 (15.200 sacas de 60 Kg), gera um crescimento ainda mais expressivo, de 1.182,2%. Considerando os tipos de café, o arábica, com a remessa de 26,397 milhões de sacas de 60 Kg ao exterior entre janeiro e setembro, lidera os embarques.

Esse volume é o maior da história para esse período de nove meses, corresponde a 72,5% do total e implica alta de 26,6% na comparação com os nove meses do ano passado. A espécie canéfora (conilon + robusta) vem na sequência, com o envio recorde de 7,037 milhões de sacas de 60 Kg ao exterior. Esse montante implica substancial crescimento de 170,4% ante 2023 e eleva a representatividade para 19,3% do total. O segmento do café solúvel, com 2,961 milhões de sacas de 60 Kg (+6,8% e 8,1% de toda a exportação), e o produto torrado e torrado e moído, com 33.349 sacas de 60 Kg (-14% e 0,1% de representatividade) completam a lista. Os cafés que possuem qualidade superior ou certificados de práticas sustentáveis responderam por 18,2% das exportações totais brasileiras do produto entre janeiro e setembro de 2024, com a remessa de 6,643 milhões de sacas de 60 Kg ao exterior, 51,6% mais que nos nove meses do ano passado. O preço médio do produto foi de US$ 254,67 por saca de 60 Kg, com receita cambial de US$ 1,692 bilhão, 62,9% acima do registrado nos mesmos nove meses de 2023. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.