21/Mar/2025
Segundo a Cooperativa Regional dos Cafeicultores de Guaxupé (Cooxupé), a combinação de altas temperaturas e falta de chuvas desde fevereiro trouxe desafios para a safra de café de 2025 e pode comprometer até a produção de 2026. O café arábica não tolera temperaturas acima de 32°C. Quando isso acontece, a planta interrompe seu metabolismo, ou seja, para de realizar fotossíntese e produzir energia. O problema foi intensificado pela ausência de umidade. Os recordes de temperatura ocorreram em fevereiro de 2025, superando até mesmo novembro de 2023.
A falta de chuvas afetou o desenvolvimento dos cafeeiros, e, em algumas áreas, os volumes ficaram entre 50% e 60% abaixo da média histórica. O impacto já é perceptível e preocupa os produtores. O cafeeiro solta um par de folhas novas, que darão origem a um cacho de café no futuro, a cada 15 a 20 dias. Nos últimos 50 dias, isso não ocorreu. Isso significa, no mínimo, a perda de dois ciclos de crescimento em um potencial máximo de 12 a 14 rosetas por ramo. Enquanto a colheita não começa, a real dimensão da perda ainda não pode ser quantificada. No entanto, as perspectivas para os cafeicultores seguem desafiadoras. O cenário não será favorável mais uma vez. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.