01/Apr/2025

A Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé) encerrou 2024 com faturamento recorde de R$ 10,7 bilhões, crescimento de 67% em relação ao ano anterior. O resultado líquido atingiu R$ 394,4 milhões, com a distribuição de R$ 134,4 milhões em sobras aos cooperados. O balanço anual da Cooxupé foi divulgado e aprovado em assembleia geral ordinária realizada no dia 28 de março. O desempenho positivo foi impulsionado pelo volume de embarques, que cresceu 46% em comparação a 2023, para 6,6 milhões de sacas de 60 Kg de café comercializadas para o mercado interno e externo. As exportações representaram 80% das atividades da cooperativa, com 5,1 milhões de sacas de 60 Kg enviadas para mais de 50 países, incluindo Estados Unidos, Alemanha, China e Japão. No ano passado, a Cooxupé recebeu 6,1 milhões de sacas de café, sendo 4,9 milhões de seus cooperados e 1,2 milhão de terceiros. Destaque para o impacto da valorização dos preços do café nos resultados, mas os produtores enfrentam desafios climáticos.

Os preços do café, configurando patamares raramente vistos, têm grande influência nos resultados de 2024, superando as expectativas. Por outro lado, é válido lembrar o quanto os efeitos climáticos têm desafiado os produtores, impactando diretamente a produtividade dos cafezais e o rendimento do café. Além do crescimento operacional, a cooperativa investiu R$ 91,3 milhões em infraestrutura, inovação e robotização. A indústria torrefadora da Cooxupé produziu 13,7 milhões de quilos de café e ampliou sua atuação no mercado corporativo por meio de parceria com a Master Expresso. A Cooxupé projeta um faturamento em 2025 superior ao recorde de R$ 10,7 bilhões alcançados no ano passado, embora enfrente desafios climáticos que podem influenciar sua performance. Se atingir as expectativas de produção e recebimento, o faturamento deve superar o de 2024. Para 2025, a expectativa é de recebimento de aproximadamente 6,1 milhões de sacas de 60 Kg, sendo 5 milhões de sacas de 60 Kg de cooperados.

A expectativa é de venda de 6 milhões a 6,2 milhões de sacas de 60 Kg. Desse total, a previsão é de que aproximadamente 80% sejam destinados ao mercado externo. A demanda global por café, especialmente da Ásia e do Oriente Médio, é apontada como uma esperança para o crescimento da receita. Não se observa uma grande redução na demanda, especialmente a partir do time comercial da cooperativa no exterior, que está vendo sinais positivos de crescimento. A produção nas principais regiões cafeeiras de atuação da Cooxupé (Sul de Minas, Mogiana Paulista, Cerrado Mineiro e Mata de Minas) segue dentro do esperado, mas eventos climáticos, como o veranico no norte de Minas, ainda podem impactar a safra. A radiação solar e a temperatura acima do normal preocupam. Além disso, a cooperativa ainda enfrenta desafios de estoque e comercialização, com muitos produtores hesitantes em negociar. O produtor está mais capitalizado e, hoje, é ele quem dita o ritmo das vendas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.