08/Apr/2025
As redes de cafeterias nos Estados Unidos, já afetadas pela alta nos preços de café decorrente de secas generalizadas em países produtores, agora devem enfrentar também o impacto das tarifas anunciadas pelo presidente Donald Trump. As redes norte-americanas dependem de café importado, e apenas 10,5% desse volume vem do México e do Canadá, países cobertos pelo Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA), que isenta muitos desses produtos de tarifas.
Grandes produtores como Brasil e Vietnã enfrentam tarifas mais elevadas. A rede de cafeterias Biggby Coffee, com sede em Michigan, afirmou que nove carregamentos de café vindos da Nicarágua para abastecer suas lojas poderão agora ser taxados em 18%, o que é devastador. As ações da Starbucks, maior rede de cafeterias do mundo, caíram 20% desde o fechamento do mercado na quarta-feira (02/04), após o anúncio de tarifas recíprocas por Trump.
A Starbucks compra grãos do tipo arábica, cultivados principalmente no Brasil e na Colômbia. Produtos dos dois países serão taxados em 10% pelos Estados Unidos. A empresa afirmou que está comprometida em não repassar o aumento nos preços aos consumidores neste ano. Os Estados Unidos também anunciaram tarifa de 46% sobre bens do Vietnã, o maior produtor mundial da variedade robusta. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.