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09/Apr/2025

Robusta: preços em baixa no mercado doméstico

As incertezas quanto aos impactos das tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos sobre o mercado global de café têm mexido com os preços do grão no Brasil e no mundo. Isso porque esse contexto tem afastado agentes de mercados de maior risco, impactando no câmbio e pressionando os valores do café nas Bolsas. No caso do robusta, o vencimento Julho/2025 negociado na Bolsa de Londres, o mais líquido no momento, registra desvalorização de 9,35% nos últimos sete dias, cotado a US$ 4.800,00 por tonelada. Além disso, a proximidade da colheita da variedade no Brasil reforça a pressão sobre os valores externos. Os primeiros talhões de robusta devem começar a ser colhidos já neste mês.

No Brasil, estes primeiros dias de abril têm sido marcados por uma grande volatilidade nas cotações do café robusta, mas as quedas predominam. O Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, peneira 13 acima, à vista, a retirar no Espírito Santo, registra queda de R$ 360,59 por saca de 60 Kg (ou 7,7%), cotado a R$ 1.586,38 por saca de 60 Kg, o menor valor desde 18 de novembro de 2024. Para o tipo 7/8, bica corrida, à vista, a retirar no Espírito Santo, a desvalorização é de 17,6% no mesmo período, a R$ 1.569,81 por saca de 60 Kg.

De modo geral, no caso do robusta, as tarifas norte-americanas podem trazer alguma vantagem competitiva ao setor brasileiro. Isso porque, para o Brasil, a tarifa de exportação aos Estados Unidos passa a ser de 10%, enquanto importantes países concorrentes dessa variedade receberam taxações bem mais elevadas, de 46% no caso do Vietnã e de 32% para a Indonésia. Todavia, não é possível avaliar quais serão os impactos dos possíveis maiores preços do café sobre o consumidor norte-americano. Vale lembrar que os valores internacionais do grão já estão bastante elevados. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.