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09/Apr/2025

Arábica: preços pressionados por riscos tarifários

As incertezas quanto aos impactos das tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos sobre o mercado global de café têm mexido com os preços do grão no Brasil e no mundo. Isso porque esse contexto tem afastado agentes de mercados de maior risco, impactando no câmbio e pressionando os valores do café nas Bolsas. No caso do arábica, o principal país concorrente do Brasil é a Colômbia, e a tarifa imposta pelos Estados Unidos será similar à brasileira (de 10%).

Sendo assim, em termos de concorrência para o Brasil, para a variedade arábica, o cenário pouco deve mudar em termos de negociações de ambos os países latinos com os Estados Unidos. As preocupações sobre a variedade ficam mesmo se os maiores preços do café colocado nos Estados Unidos terão impactos no consumo, já que o valor da bebida deve encarecer naquele país. É importante destacar que países europeus reexportadores de café, como a Alemanha, também receberão taxação extra nos envios aos Estados Unidos. E isso pode elevar tanto o preço do grão verde do Brasil, quanto os dos torrados e mesmo as cápsulas fabricadas no continente europeu e enviadas para o mercado norte-americano.

No Brasil, os preços do arábica também estão em queda, mas de forma menos intensa. O Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, bebida dura para melhor, posto em São Paulo, está cotado a R$ 2.430,26 por saca de 60 K, baixa de 3,6% nos últimos sete dias. Na Bolsa de Nova York, o contrato maio/2025 está cotado a 344,8 centavos de dólar por libra-peso, expressivo recuo de 15% ou de 3.495 pontos nos últimos sete dias. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.