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30/Apr/2025

Preços dos cafés arábica e robusta estão em alta

Chuvas mais expressivas neste encerramento de abril em praticamente todas as regiões produtoras de café arábica têm trazido certo alívio aos produtores brasileiros. As precipitações, além de auxiliarem o desenvolvimento final dos grãos da safra 2025/2026, já melhoram as condições dos cafezais para a temporada 2026/2027, que, por sua vez, deve registrar floradas a partir de setembro de 2025. Ainda é cedo para especular sobre a safra 2026/2027, mas as atuais temperaturas amenas e a maior umidade neste começo de outono são primordiais para as plantas, em especial as de sequeiro. Essas condições tendem a ajudar a evitar o cenário verificado em 2025/2026, quando diversas ondas de calor entre abril e setembro de 2024 debilitaram as plantas e deixaram os solos bastante secos, com reflexos negativos sobre as floradas e pegamentos.

Assim, até o começo da semana passada, o mês de abril ainda era marcado pelo baixo volume chuva em várias regiões, mas as recentes precipitações já fizeram com que o acumulado do mês superasse o verificado em fevereiro e março, períodos tradicionalmente mais chuvosos. Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indicam que, até o dia 28 de abril, foram 125,9 milímetros registrados na região de Franca (Mogiana - SP) e 130 mm em Machado, no Sul de Minas Gerais. Nas regiões de robusta, em Linhares (ES), dados mostram que foram registrados 106,4 mm até o dia 28 de abril. Para as próximas semanas, a Climatempo prevê chuvas na Região Sudeste do Brasil. No campo, há relatos de casos pontuais de produtores de arábica realizando catação em áreas mais precoces, como na região de Franca (SP).

Ressalta-se, no entanto, que a colheita não se iniciou na maioria das regiões. A maturação dos grãos ainda é irregular, e permanece a preocupação quanto à qualidade da safra e à bebida, diante dos impactos climáticos ao longo do desenvolvimento da produção. Apenas a colheita do café robusta em Rondônia e no Espírito Santo que caminha um pouco mais, devendo ganhar ritmo já na primeira semana de maio. Até o encerramento de abril, a colheita pode somar 5% da produção estimada no Espírito Santo. Entretanto, muitas regiões apresentam desuniformidades na maturação dos grãos, o que pode trazer consequências para a qualidade da safra.

Quanto ao mercado, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto em São Paulo, está cotado a R$ 2.658,07 por saca de 60 Kg, alta de 5,4% nos últimos sete dias. No mercado externo, o contrato Junho/2025 do café arábica negociado na Bolsa de Nova York está cotado a 410,05 centavos de dólar por libra-peso, elevação de 10%. Para o robusta, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, peneira 13 acima, à vista, a retirar no Espírito Santo, está cotado a R$ 1.714,84 por saca de 60 Kg, aumento de 2,61% nos últimos sete dias. O tipo 7/8, bica corrida, à vista, a retirar no Espírito Santo, tem valorização de 3,8% no mesmo comparativo, a R$ 1.677,85 por saca de 60 Kg. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.