07/May/2025
De acordo com o 2º Levantamento da Safra de Café 2025 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta terça-feira (06/05), a produção brasileira de café deve apresentar um crescimento de 2,7% em 2025, ano de bienalidade negativa, para 55,67 milhões de sacas de 60 Kg, o que corresponde a um aumento de 2,7% em comparação com a safra 2024 (54,21 milhões de sacas de 60 Kg). Caso o volume estimado se confirme ao final do ciclo, este será o maior já registrado para um ano de baixa bienalidade, superando em 1,1% a colheita registrada em 2023. O resultado representa aumento de 7,45% ante a primeira pesquisa, de janeiro passado, que projetou a safra em 51,81 milhões de sacas de 60 Kg. A área total destinada à cafeicultura deverá registrar um aumento de 0,8%, atingindo 2,25 milhões de hectares.
A área em produção deve apresentar queda de 1,4%, estimada em 1,86 milhão de hectares, enquanto a área em formação tende a apresentar um incremento de 12,3%, movimento esperado para anos de bienalidade negativa. O bom resultado estimado na safra total de café é favorecido, principalmente, pela recuperação de 28,3% na produtividade média do conilon (robusta). A expectativa de produção para esta espécie está estimada em 18,7 milhões de sacas de 60 Kg, um novo recorde para a série histórica da Conab. Este resultado deve-se, sobretudo, à regularidade climática durante as fases mais críticas das atividades, que beneficiam floradas positivas, e uma boa quantidade de frutos por rosetas. No Espírito Santo, maior produtor de conilon do País, é esperada uma produção de 13,1 milhões de sacas de 60 Kg, crescimento de 33,1% ante 2024 (10,50 milhões de sacas), justificado pelas boas precipitações verificadas no norte do Estado, região que corresponde a 69% da área da espécie no País.
Na Bahia, a previsão é de recuperação na colheita de conilon de 28,2%, estimada em 2,50 milhões de sacas de 60 Kg. Neste cenário, a Bahia recupera a posição de 2º maior produtor da espécie, ultrapassando Rondônia onde a expectativa é de uma colheita de 2,28 milhões de sacas de 60 Kg. Para o café arábica, espécie prejudicada pela bienalidade, deve haver uma redução de 6,6% na colheita, com previsão de uma safra em cerca de 36,98 milhões de sacas de 60 Kg ante 39,60 milhões de sacas de 60 Kg no ano passado. Em Minas Gerais, principal produtor nacional, com maior área destinada à produção de arábica, é esperada uma colheita de 25,65 milhões de sacas de 60 Kg, queda de 7,4% ante 2024 (27,71 milhões de sacas de 60 Kg).
Além do reflexo já esperado pelo ciclo de bienalidade da planta, entre abril e setembro do ano passado foi registrado um longo período seco e as atividades enfrentaram instabilidade, apresentando menor vigor vegetativo, influenciando na queda de potencial produtivo dos cafezais. Em São Paulo, a produtividade média também teve impacto dos efeitos fisiológicos de baixa bienalidade, acompanhada pelas condições climáticas adversárias registradas nas regiões produtoras. Os produtores do Estado devem registrar queda de 1,3% na produção, para 5,52 milhões de sacas de 60 Kg. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.