07/May/2025

Depois de atingir patamar recorde real no primeiro trimestre, o Indicador CEPEA/ESALQ do café robusta tipo 6, peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo recuou com certa força em abril. Considerando-se a média mensal, a baixa foi de 15,5% (ou de R$ 310,70 por saca de 60 Kg) em relação a março, passando para R$ 1.692,32 por saca de 60 Kg. Apesar da oferta ainda limitada, essa recente retração pode estar atrelada à proximidade da colheita da nova safra no Espírito Santo e em Rondônia. No Espírito Santo, ainda que de forma pontual, a colheita do robusta já foi iniciada e deve ganhar ritmo nos próximos dias. Até o final de abril, cerca de 5% da produção esperada no Estado havia sido colhida.

Chuvas registradas no fim de abril ajudaram a melhorar as condições das lavouras mais tardias e podem favorecer o desenvolvimento final desses talhões. Além da colheita, em abril, o mercado cafeeiro nacional também foi influenciado por fortes oscilações externas, que, por sua vez, decorreram de fatores como a imposição de tarifas pelos Estados Unidos e condições do clima nas principais regiões produtoras do Brasil. No caso da taxação norte-americana sobre o Brasil e seus concorrentes produtores de café, o contexto gerou incertezas e, consequentemente, volatilidade ao mercado cafeeiro, mas também ao financeiro, com resultados diretos sobre o câmbio.

Ressalta-se que os impactos de medidas como essa podem trazer reflexos no consumo norte-americano de café, à medida que a taxa elevaria ainda mais um preço que já opera em patamares recordes. Nos últimos sete dias, especificamente, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, peneira 13 acima, à vista, a retirar no Espírito Santo, apresenta retração de 3,31%, cotado a R$ 1.658,00 por saca de 60 Kg. O tipo 7/8, bica corrida, à vista, a retirar no Espírito Santo, tem desvalorização de 3,35% no mesmo comparativo, a R$ 1.621,64 por saca de 60 Kg. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.