21/May/2025

De acordo com o escritório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em Brasília, a produção total de café do Brasil na safra 2025/2026 (julho-junho) pode alcançar 65 milhões de sacas de 60 Kg. O volume é 0,5% maior que o projetado para 2024/2025, de 64,7 milhões de sacas de 60 Kg. A safra de arábica deve recuar 6,4% ante a safra anterior, para 40,9 milhões de sacas de 60 Kg em 2025/2026, por causa de condições climáticas desfavoráveis, com seca e altas temperaturas. Enquanto isso, a variedade robusta/conilon pode subir 14,8%, para 24,2 milhões de sacas de 60 Kg, com clima favorável e uso de técnicas de irrigação.

O consumo interno total de café do Brasil em 2025/2026 foi previsto em 22,28 milhões de sacas de 60 Kg (21,3 milhões de sacas de 60 Kg de café torrado/moído e 980 mil sacas de 60 Kg de café solúvel), ante 21,97 milhões de sacas de 60 Kg em 2024/2025. A inflação e os altos preços no varejo continuam a limitar o crescimento do consumo no País, apesar da importância do produto para os consumidores brasileiros. Quanto às exportações, o Brasil deve embarcar em 2025/2026 um volume de 41,75 milhões de sacas de 60 Kg, queda de 5,6% ante 2024/2025 (estimado em 44,25 milhões de sacas de 60 Kg). O recuo nas projeções foi atribuído à perspectiva de produção menor no País, junto às expectativas de recuperação de outros mercados importantes, como Vietnã e Indonésia.

Ainda, as tarifas norte-americanas podem criar oportunidades para o café brasileiro, especialmente o robusta. Isso porque, de acordo com a agência, as tarifas sobre o Brasil são de 10%, enquanto Vietnã e Indonésia enfrentam percentuais maiores, de 46% e 32%, respectivamente. Os estoques finais totais na nova temporada no Brasil foram estimados em 1,68 milhão de sacas de 60 Kg, recuperação expressiva ante a temporada 2024/2025, que teve as reservas projetadas em 640 mil sacas de 60 Kg. No ano passado, os produtores quase esgotaram os estoques ao intensificar as exportações, devido a uma quebra na safra e aos fortes aumentos de preço. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.