23/Jun/2025
Segundo o Itaú BBA, os preços de café caíram em maio e na primeira metade de junho, diante do avanço da colheita brasileira com percepções mais positivas para a safra em relação ao que se esperava no início do ano. Além disso, a ausência de geadas (até 17 de junho) e o clima melhor neste ano, com as chuvas se estendendo, podem favorecer a safra do ano que vem, ainda que esta esteja muito distante e sujeita a mudanças. Entretanto, parece um pouco cedo para fortes correções nos preços do arábica, dado que ainda não há café novo disponível no Brasil e a época do ano, mais suscetível às geadas, enseja cuidado na ponta vendida. Além disso, a qualidade e, principalmente, o rendimento da safra atual ainda está sendo avaliado. Contudo, com o conilon desvalorizando de maneira mais intensa, os preços do arábica também ficam sujeitos à uma pressão maior.
O Itaú BBA consolidou as primeiras estimativas dos escritórios do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) nos países produtores, para o ano cafeeiro 2025/2026, com as demais estimativas próprias para compor o balanço. Nota-se que, apesar de o Brasil ter perspectiva de pequeno aumento (0,5%) neste ano, a produção mundial crescerá mais (1,7%) em virtude das boas indicações para os demais países produtores, exceto para a Colômbia. Mesmo considerando que o consumo mundial crescerá 2% em 2025/2026, ante 1% no ano anterior, o que é incerto, o estoque final crescerá 22%, enquanto a relação E/C se elevará de 17% para 21%. Ou seja, para que o estoque não cresça tanto, o consumo global precisaria expandir a taxas ainda mais elevadas. Além disso, diante do clima favorável no Brasil, o viés para a próxima safra é de uma possível recuperação considerável. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.