09/Jul/2025

Os preços do café arábica estão em forte queda neste começo de julho. No acumulado da parcial deste mês, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto em São Paulo, registra baixa de R$ 151,67 por saca de 60 Kg (ou baixa de 8,3%), cotado a R$ R$ 1.682,69 por saca de 60 Kg. Vale lembrar que, no dia 12 de fevereiro de 2025, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica atingiu o recorde real da série histórica, iniciada em setembro de 1997 para esta variedade. Naquela data, o Indicador fechou a R$ 2.769,45 por saca de 60 Kg. De lá para cá, ou seja, em apenas cinco meses, o Indicador já perdeu expressivos R$ 1.008,36 por saca de 60 Kg, ou queda de 37,5%.

Mesmo diante dos estoques nacionais e mundiais bastante apertados, o avanço da colheita no Brasil e o consequente aumento da oferta no spot são fatores que vêm pressionando os valores do arábica. Nesse cenário, poucos e pontuais negócios estão sendo realizados no mercado spot nacional. Os produtores têm focado na entrega de contratos já firmados anteriormente. No campo, a colheita caminha bem, apesar de relatos de alguns produtores relacionados à qualidade dos grãos, em decorrência de problemas no período de granação e de enchimento de grão. O clima quente entre meados de janeiro e de março pode ter atrapalhado o desenvolvimento dos grãos em algumas regiões produtoras de café arábica. Até o começo de julho, a colheita no sul de Minas Gerais se aproximava dos 40% da produção esperada.

No Noroeste do Paraná, as atividades somam entre 50% e 55%, sem muitos avanços, tendo em vista que o clima frio atrapalhou as atividades. Na Alta Mogiana Paulista (SP) e no Cerrado Mineiro (MG), a colheita soma 30% da produção esperada. Do lado da demanda, parte do mercado aposta em resiliência no consumo, mesmo com os preços ainda em patamares elevados. Além disso, espera-se que o café siga avançando em novos mercados, o que poderia ajudar ao menos na manutenção do consumo nos atuais patamares. Na Bolsa de Nova York, o contrato Setembro/2025 do arábica está cotado a 278,25 centavos de dólar por libra-peso, recuo de 7,28% nos últimos sete dias. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.