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18/Aug/2025

Preços internacionais revertem tendência de baixa

Segundo o Rabobank, as cotações internacionais do café começaram a reverter no início deste mês a tendência de baixa observada desde março. Até o dia 13 de agosto, o café arábica subiu 4% e o robusta (conilon), 13%, em relação a julho. A valorização reflete a situação de estoques baixos, exportações abaixo do esperado em algumas origens e geadas leves a moderadas em algumas regiões, especialmente no Cerrado Mineiro (MG), que causam preocupações sobre o potencial produtivo para próxima safra.

Fatores geopolíticos e regulatórios adicionam incertezas: interrupções no Mar Vermelho, tarifas norte-americanas e a Regulação de Desmatamento da União Europeia (EUDR). Em virtude da EUDR, a União Europeia antecipou importações em 2024, e seu impacto sobre os preços no segundo semestre dependerá da adaptação dos importadores. Já se observa um aumento gradual dos estoques de café na União Europeia. A tarifa norte-americana de 50% sobre o café brasileiro, vigente desde 6 de agosto, adiciona volatilidade de curto prazo.

Embora a substituição total do café brasileiro seja improvável, a medida reduz sua competitividade e pode redirecionar fluxos globais de comércio, com implicações relevantes para toda a cadeia. A relação de troca em agosto melhorou levemente: são necessárias 1,6 sacas de 60 Kg de café para adquirir 1 tonelada de fertilizante (mistura 20-05-20), frente a 1,7 sacas de 60 Kg de café em julho de 2025 e agosto de 2024. A valorização do café compensou o aumento nos preços dos fertilizantes, especialmente da ureia. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.