24/Sep/2025
Os preços do café, sobretudo os do arábica, seguem oscilando com força tanto no mercado brasileiro quanto no internacional. Nestes últimos dias, contudo, as baixas prevalecem. A pressão vem da expectativa de chuvas mais expressivas nas regiões produtoras do Brasil, da realização de lucros e da liquidação de posições de compra na Bolsa de Nova York, após fortes altas e a possibilidade de que as tarifas dos Estados Unidos sobre o café sejam retiradas. Projeto de Lei apresentado no Senado norte-americano busca isentar o grão brasileiro da taxa extra. Destaca-se que, mesmo com a essa forte retração, os preços seguem em patamares elevados, ainda influenciados pela oferta restrita, pelos estoques reduzidos e pelo fato de o café brasileiro estar, até o momento, sobretaxado nos Estados Unidos.
Até o dia 15 de setembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, bebida dura para melhor, posto em São Paulo, acumulava alta de 2,3%. Contudo, nos últimos sete dias, há queda de 10,2%, com o Indicador cotado a R$ 2.133,08 por saca de 60 Kg. No balanço do mês, o acumulado (de 29 de agosto a 22 de setembro) mostra recuo de 8,2%. Na Bolsa de Nova York, o contrato Dezembro/2025 do arábica está cotado a 368,25 centavos de dólar por libra-peso, expressiva desvalorização de 11,8% nos últimos sete dias. Vale lembrar que o ajuste desse mesmo vencimento atingiu 417,65 centavos de dólar por libra-peso, o maior patamar desde o final de abril/2025. No campo, chuvas chegando em maior intensidade na Região Sudeste após meses de estiagem em algumas áreas trouxeram certo alívio aos produtores, que estavam preocupados com a produção da safra 2026/2027.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indicou que, em setembro, até o momento, foram registrados 9,6 milímetros de chuva em Machado (MG), no Sul de Minas (MG), e 15,8 milímetros em Varginha (MG). Em Juiz de fora, nas Matas de Minas (MG), foram 21,6 milímetros neste mês. Em Patrocínio, no Cerrado Mineiro (MG), foram registrados 9,6 milímetros, quase a totalidade disso após o dia 20 setembro. Vale destacar que chuvas são primordiais para a região, que foi a que mais sofreu com o clima no inverno, com geadas atingindo uma parcela importante dos cafezais. Em Maringá, no norte do Paraná, foram 46 milímetros, com destaque para 39,6 mm apenas no dia 22 de setembro. Em Franca (SP), na região da Mogiana, choveu 9,3 mm em setembro, com destaque para o acúmulo após o dia 20 de setembro. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.