25/Sep/2025
A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) avalia que a ordem executiva publicada em setembro pelo governo dos Estados Unidos sobre produtos não fabricados no país é um indicativo de que o café tende a ser retirado do tarifaço imposto pelo presidente norte-americano Donald Trump. A expectativa pela reversão da medida reflete a relevância do produto no consumo do país e o trabalho do setor brasileiro para demonstrar os impactos da taxação.
A ordem executiva publicada no dia 6 de setembro indica que os Estados Unidos concluíram e ouviram o mercado, no sentido de que o café, não sendo produzido no país norte-americano, não terá tarifas. No entanto, ainda não está claro "se a alíquota voltará a zero ou se seta de 10%. Apesar da expectativa, a taxa ainda não foi revertida, ao contrário do que ocorreu com outros produtos, como o suco de laranja. A decisão do governo norte-americano representaria o reconhecimento do esforço do setor brasileiro. Esse ato executivo é uma sinalização muito positiva, em consonância com a luta que todo o setor travou nas últimas semanas.
A produção de café dos Estados Unidos é insignificante para o abastecimento interno. Os Estados Unidos praticamente não produzem café. Existe uma produção muito incipiente no Havaí e em Porto Rico, que representa pouco mais de 0,8% do que o país consome, ou seja, quase nada. A exclusão das tarifas também se justifica pelos impactos econômicos gerados. Para cada US$ 1,00 que os Estados Unidos importavam, a economia local transformava isso em US$ 43,00, movimentando mais de 2,2 milhões de empreendedores. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.