25/Sep/2025

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), as vendas de café no mercado interno recuaram 15,41% entre janeiro e agosto de 2025 em comparação com igual período do ano passado. No total, foram comercializadas 9,56 milhões de sacas de 60 Kg, frente a 10,11 milhões no igual intervalo de 2024. No recorte mais recente, o segundo quadrimestre do ano (maio a agosto) apresentou queda acumulada de 15,46%, com vendas de 4,83 milhões de sacas de 60 Kg. Ainda assim, agosto registrou avanço mensal: alta de 10,97% frente a julho.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o resultado foi negativo: as vendas de agosto caíram 4,23% em relação a agosto de 2024. Esse movimento mantém a tendência observada nos meses anteriores, quando houve retrações de 11,33% em julho, 3,33% em junho e 2,89% em maio, sempre em relação ao ano anterior. O consumo da bebida deve avançar no último quadrimestre do ano. A expectativa é de que a queda registrada ao longo de 2025 perca força até dezembro. Para o terceiro quadrimestre, a percepção é que o crescimento do consumo será maior. No acumulado do ano, o percentual de redução do consumo em relação a 2024 será menor.

O setor pode encerrar 2025 com números próximos aos do ano anterior. O café mantém uma característica de resiliência mesmo diante de pressões de preços. A dinâmica entre varejo e indústria é marcada por ajustes nos preços e ofertas. Existe uma queda de braço natural entre o varejo e a indústria, mas isso normalmente favorece o consumidor. Os supermercados já vêm assimilando os novos patamares de preços. Mesmo assim, ao fazer ofertas com valores que não estavam acostumados, conseguem incentivar o consumidor a retomar o hábito de levar mais café para casa, justamente para não correr o risco de ficar sem. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.