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08/Oct/2025

Arábica: cotações avançam no mercado doméstico

As chuvas registradas na Região Sudeste do Brasil após o dia 20 de setembro estimularam uma boa floração nas lavouras de arábica ao longo da última semana, fato relevante para um setor que aguarda ansiosamente uma recuperação da produção na safra 2026/2027. No entanto, o calor intenso e o volume ainda insuficiente de chuva já começam a preocupar cafeicultores. Essa condição pode prejudicar o pegamento das flores e, consequentemente, comprometer o potencial produtivo da próxima temporada. Para os próximos dias, a Climatempo prevê chuvas em baixo volume na maioria das regiões produtoras, mas o calor continua. A expectativa é de que precipitações mais volumosas aconteçam na semana que vem, em especial após o dia 13 de outubro, em algumas regiões, como Patrocínio (Cerrado de Minas Gerais), Varginha (Sul de Minas Gerais) e Franca (Mogiana Paulista).

Com o clima, mais uma vez, trazendo incertezas neste começo de desenvolvimento da nova safra, parte dos agentes de mercado já começa a considerar possíveis restrições de produção para a temporada 2026/2027. O clima também permanece no radar de outros importantes países produtores, como o Vietnã, que se aproxima do período de colheita. De acordo com veículos internacionais, dois furacões atingiram recentemente o país, podendo comprometer a produção local de café e reduzir o volume colhido em uma safra que inicialmente era esperada como de recuperação. Embora os impactos ainda estejam sendo avaliados por agentes do mercado, já há estimativas indicando que a produção vietnamita possa novamente ficar abaixo de 30 milhões de sacas de 60 Kg, o que dificultaria a recomposição dos estoques globais de café.

Com isso, o mercado segue oscilando. Na Bolsa de Nova York, o contrato Dezembro/2025 registra avanço de 2,45% nos últimos sete dias, passando para 381,35 centavos de dólar por libra-peso Vale destacar que, no meio da semana passada, alguns pregões terminaram em queda, diante da expectativa de que o café brasileiro entre na lista de isenção da tarifa extra imposta pelos Estados Unidos. No mercado interno, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto em São Paulo, tem alta de 1,64% nos últimos sete dias, cotado a R$ 2.169,20 por saca de 60 Kg. Com as variações de mercado dos últimos meses, o ritmo de negócios segue travado. Com “caixa” equilibrado, muitos produtores esperam momentos ainda mais atrativos para negociar. Assim, vendas são realizadas apenas quando alguns agentes precisam recompor o “caixa”. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.