28/Nov/2025
Segundo o Itaú BBA, a safra brasileira de café pode crescer de forma relevante em 2026, sobretudo na variedade arábica, após um 2025 ainda marcado por desafios climáticos. Este ano deve se encerrar com produção de 62,8 milhões de sacas de 60 Kg, das quais 38,7 milhões de sacas de 60 Kg de arábica e 24,1 milhões sacas de 60 Kg de robusta. As condições climáticas deste ano foram semelhantes às de 2024, mas com uma diferença importante: temperaturas mais baixas, fator que reduziu o estresse das lavouras e favoreceu a recuperação das plantas.
Os meses iniciais de 2025 registraram período seco prolongado, mas com temperaturas mais amenas e retorno gradual das chuvas a partir de novembro, combinação considerada satisfatória para o desenvolvimento das lavouras. Principalmente em razão do arábica, a projeção é de uma safra maior em 2026 que a colhida em 2025. Além das condições climáticas, as relações de troca entre café e insumos seguiram favoráveis ao longo de 2025, permitindo maior capitalização dos produtores e avanço nos tratos culturais. O bom volume de chuvas até abril também contribuiu para preparar as lavouras para um ciclo 2026/2027 "potencialmente mais produtivo". Para que esse cenário se confirme, o banco ressalta a necessidade de que não ocorram veranicos nos próximos meses e que o clima permaneça regular. Apesar do aumento esperado na produção brasileira, a oferta global de café deve continuar apertada, o que tende a evitar quedas acentuadas nos preços internacionais.
Há ainda fatores estruturais positivos, como a limitação de expansão de produção em outros países, menor ritmo de crescimento do consumo mundial e estoques ajustados. Diante desse quadro e das "boas margens projetadas", os produtores devem aproveitar o momento atual para fixações de preços. A projeção é de margem agrícola positiva para arábica e conilon em 2025/2026, mesmo considerando custos estáveis e preços levemente menores que os de 2024/2025. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.