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03/Dec/2025

Arábica: preços iniciam dezembro em alta no Brasil

O preço médio do café arábica atravessou novembro em forte oscilação, mas o patamar esteve bem próximo ao observado em outubro. Ao longo do mês, os valores internos do grão foram influenciados pelas, até então, expectativas de exclusão do café da lista de produtos sobretaxados nos Estados Unidos e, posteriormente, a partir do dia 20 de novembro, pela isenção do grão da tarifa extra de 40%, e pelo cenário climático no Brasil. Em novembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto em São Paulo, teve média de R$ 2.245,16 por saca de 60 Kg, sendo apenas 0,5% acima da média do mês anterior. Ao longo de novembro, o Indicador operou entre R$ 2.100,00 e R$ 2.300,00; os mesmos patamares registrados em outubro.

Na primeira quinzena de novembro, o setor nacional estava aliviado com a remoção da taxa de 10% (imposta em abril pelos Estados Unidos de forma generalizada às importações) e bastante atento à possibilidade da retirada do café da lista da sobretaxa de 40%. A sobretaxa vinha reduzindo significativamente a competitividade do produto brasileiro no país norte-americano, que, historicamente, é o principal destino do grão nacional. Inclusive, segundo dados do Cecafé, entre julho e outubro deste ano, período inicial da safra 2025/2026, os Estados Unidos deixaram de ocupar a liderança no destino do café brasileiro, sendo superados pela Alemanha. A retirada da sobretaxa no dia 20 de novembro (retroativa a 13 de novembro) deu fôlego ao setor nacional que, agora, espera que os envios aos Estados Unidos se recuperem em dezembro e que, ao menos nos seis primeiros meses da safra, o volume exportado aos Estados Unidos já seja semelhante ao escoado para a Alemanha.

O anúncio da retirada da tarifa no dia 20 de novembro fez com que o contrato Março/2026 negociado na Bolsa de Nova York chegasse a recuar mais de 2.000 pontos no dia 21 de novembro, movimento que foi suavizado no fim do pregão. No entanto, ainda pesaram sobre as cotações externas e internas os baixos estoques globais e a reduzida disponibilidade de grãos para negócios mais significativos, a proximidade do final do ano e o fato de produtores estarem mais capitalizados limitaram os fechamentos. No Brasil, as chuvas têm sido melhores que em outras temporadas e as temperaturas seguem mais amenas na maioria das regiões, embora localidades como a Mogiana Paulista e o Cerrado Mineiro ainda tenham recebido volumes mais limitados até o começo de novembro.

Apesar do bom início, os agentes permanecem cautelosos, sobretudo considerando o histórico recente, em que, mesmo as safras que começavam promissoras acabavam não se consolidando. Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mostram que um bom volume de chuva foi registrado em novembro. Em Machado, no Sul de Minas de Gerais, foram 131,2 milímetros; em Franca, na Mogiana Paulista, 90,7 milímetros; e, em Marília (SP), 87,1 milímetros. Nos últimos sete dias, especificamente, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto em São Paulo, registra alta de 1,56%, cotado a R$ 2.233,33 por saca de 60 Kg. Na Bolsa de Nova York, o contrato Março/2026 registra valorização de 0,83% no mesmo período, a 379,70 centavos de dólar por libra-peso. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.