18/Out/2019
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) afirmou que as mudanças aprovadas pelo governo na cota de importação de 20% para etanol sem tarifa terão pouco impacto aos produtores ligados à entidade, a maioria do Centro-Sul do País. A determinação da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) de que quase todo o etanol anidro seja contratado de usinas nacionais no início da safra inibe a entrada do combustível importado.
O anidro é misturado obrigatoriamente em até 27% à gasolina no País e esse tipo de etanol, importado pelo Brasil, basicamente abastece a Região Nordeste. Além disso, as demandas pelo etanol hidratado e por combustíveis do ciclo Otto (etanol e gasolina) seguem aquecidas no País, o que torna a importação necessária. O potencial de demanda até o final da safra segue forte e as empresas têm essa alternativa.
A entidade defende a aplicação da tarifa de 20% sobre o etanol importado, basicamente dos Estados Unidos, por questões ambientais e não econômicas. A defesa pelo imposto é questão ambiental e não de mercado. O etanol brasileiro, de cana-de-açúcar, precisa de 650 litros para retirar uma tonelada CO2 (gás carbônico) da atmosfera, enquanto o importado, de milho, são necessários 1 mil litros. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.