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25/Jun/2020

Açúcar: futuros em baixa acompanhando petróleo

Os futuros de açúcar demerara fecharam em baixa nesta quarta-feira (24/06) na Bolsa de Nova York, após terem oscilado entre os campos positivo e negativo. O vencimento outubro, o mais negociado, recuou 8 pontos (0,67%) e fechou a 11,84 centavos de dólar por libra-peso. As cotações do açúcar dão continuidade ao movimento de baixa pela terceira sessão consecutiva, pressionadas pelos fundamentos, mas também pelos fatores macroeconômicos desfavoráveis.

O recuo do petróleo nas bolsas internacionais piora a competitividade relativa do etanol, podendo levar a uma safra mais açucareira no Brasil. Ainda nesse sentido, o dólar avança expressivamente ante o Real, favorecendo as exportações brasileiras. Ao longo do pregão, os preços da commodity chegaram a se descolar do petróleo e do dólar e inverteram para alta, mas voltaram a recuar após a divulgação dos dados de estoques e produção de petróleo pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE), o que acentuou as perdas do combustível.

O relatório semanal mostrou que os estoques de petróleo aumentaram 1,442 milhão de barris na semana, enquanto a produção média diária subiu, de 10,5 milhões de barris na semana anterior a 11,0 milhões de barris. O mercado observou também os dados da produção brasileira, divulgados pela União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica). Embora o mix continue voltado para a produção do açúcar, a menor retração nas vendas do biocombustível hidratado é encorajadora para o mercado.

A queda nas vendas do produto para consumo doméstico foi de 19,61% na primeira quinzena de junho de 2020, com as vendas alcançando 735,79 milhões de litros, contra 915,23 milhões de litros comercializados na primeira metade de junho de 2019. Os números indicam uma retomada gradual da comercialização e dos preços de etanol, o que pode levar as usinas a migrarem o mix, reduzindo a oferta de açúcar.