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29/Out/2020

Cana: moagem poderá recuar na safra 2020/2021

A safra 2021/2022 de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil, que começa em abril do próximo ano, deve ter moagem e produção de açúcar e etanol menores. A projeção é de recuo de 3,6% no volume processado, para 575 milhões de toneladas, ante 596,39 milhões de toneladas estimadas para 2020/2021. A produção de açúcar deve cair 5,3%, das 38 milhões de toneladas estimadas para a atual temporada a 36 milhões de toneladas projetadas para a próxima. A produção de etanol de cana-de-açúcar deve diminuir 5,8%, para 25,5 bilhões de litros em 2021/2022. A produção total do biocombustível (cana-de-açúcar e milho) deve cair menos, 2,4%, chegando a 28,85 bilhões de litros.

O mix sucroenergético deve continuar estável na próxima safra, com 46,54% da moagem destinada ao açúcar. A perspectiva é de uma entressafra mais longa entre as temporadas 2020/2021 e 2021/2022, já que o ciclo atual foi mais adiantado e a próximo deve ter atrasos por questões climáticas. O tempo seco no Centro-Sul deve causar falhas de brotação e a perspectiva é de menor rendimento agrícola no primeiro e no segundo terços da safra 2021/2022. Como o desenvolvimento do canavial na próxima safra está atrasado, o início da moagem deve atrasar e a entressafra deve ser mais longa que o habitual. Quanto às condições climáticas, o fenômeno La Niña, que já está em plena ação, pode causar chuvas menos abundantes na Região Sudeste.

Se as chuvas não forem bem distribuídas no Centro-Sul, pode haver algum tipo de problema. Mas, não se pode esquecer que a cana-de-açúcar é resiliente. Uma possível volta das chuvas, com boa distribuição, pode causar recuperação das plantas. O Brasil deve ver três safras consecutivas (2020/2021, 2021/2022 e 2022/2023) de preços remuneradores para produtores do País. O açúcar está valorizado nos últimos meses e o etanol também vem se recuperando. Os Créditos de Descarbonização (CBios) devem ter preços firmes no ano que vem. Entretanto, os custos do produtor brasileiro também devem aumentar, por causa do câmbio e do seu impacto em fertilizantes, químicos e combustíveis. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.