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09/Nov/2020

Açúcar: clima seco favorece a produção no Brasil

Segundo relatório mensal da Organização Internacional do Açúcar (OIA) divulgado na sexta-feira (06/11), o Centro-Sul do Brasil, maior produtor global de açúcar, manteve produção de cana-de-açúcar em ritmo recorde no mês de outubro. Entre meados de setembro e o mês passado, foram mais de 77 milhões de toneladas de cana-de-açúcar moída, o que garante um novo patamar histórico para a região. A produção surpreende considerando que a safra já estava bem acima do patamar de produção das anteriores em virtude do clima seco dos últimos meses. Embora a maior taxa de produção esteja alinhada com o clima seco, não significa, nesta fase, uma safra de cana-de-açúcar maior do que o esperado, embora o acumulado atual indique que a disponibilidade residual de cana-de-açúcar caiu para cerca de 10% do total fora da safra.

Um fim mais abrupto para a temporada de colheita está se tornando inevitável. Com o clima favorável, o rendimento da sacarose aumentou e justifica o pico de produção no Centro-Sul brasileiro. Apesar disso, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) indicou que essas condições favoráveis para a colheita têm causado um efeito cada vez mais prejudicial ao desenvolvimento da safra de 2021 na região. As usinas do Centro-Sul do País continuaram avançando na produção de açúcar frente ao etanol, com os números de alocação, tanto da primeira quinzena de outubro como no acumulado, ficando cerca de 10% acima do ano passado. No entanto, os dados mais recentes mostram um mix de produção de 45,36%, abaixo do acumulado de 46,85%, indicando que o número atingiu o pico.

Assim, a indústria brasileira já produziu 34,674 milhões de toneladas de açúcar, que representa um aumento de quase 11 milhões de toneladas frente ao volume do ano passado na mesma data. Também supera em cerca de 8 milhões de toneladas o número final da última temporada, e apenas 1,4 milhões de tonelada para quebrar o recorde de todos os tempos. As exportações brasileiras de açúcar também bateram novo recorde em outubro, alcançando um total de 4,20 milhões de toneladas, ante 3,62 milhões de toneladas em setembro e 3,474 milhões de toneladas e 3,488 milhões de toneladas nos dois meses anteriores. Durante o mês de outubro, as operações portuárias finalmente alcançaram os navios em espera, dando algum alívio aos operadores portuários. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.