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20/Feb/2024

Etanol: preços recuam com vendedor mais flexível

A semana pós-Carnaval foi marcada por reposições de volumes de etanol. Os compradores adquirem o biocombustível em usinas de São Paulo e em outros Estados do Centro-Sul. Do lado vendedor, a postura é relativamente firme, mas algumas usinas acabam cedendo aos preços propostos pelo comprador, cenário que resulta em queda nos preços. Esse comportamento do vendedor, de comercializar o etanol no curto prazo nos atuais preços, reflete a incerteza destes agentes quanto aos valores de negociação nas próximas semanas. Vale lembrar que a entrada da próxima temporada 2024/2025 se aproxima. Nesse cenário, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado está cotado a R$ 2,1297 por litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), baixa de 1,63% nos últimos sete dias.

No caso do etanol anidro, a média CEPEA/ESALQ é de R$ 2,3902 por litro (líquido de PIS/Cofins), recuo de 2,31% no mesmo comparativo. No geral, o mercado segue sem tendência definida sobre o comportamento dos preços nesse período final da safra 2023/2024. Ressalta-se que, apesar de este ser período de entressafra de etanol de cana-de-açúcar, o spot nacional ainda recebe volume de biocombustível produzido a partir do milho. Para esta semana, as distribuidoras devem seguir fazendo reposição, sobretudo devido à continuidade da relação favorável do etanol frente à gasolina nas bombas.

Dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) mostram que as vendas de etanol hidratado no mercado interno somaram 1,77 bilhão de litros em janeiro, crescimento de 75,6% em relação ao mesmo mês do ano passado. De etanol anidro, foram comercializados 1,03 bilhão de litros, aumento de 6,48% no mesmo comparativo. Assim, o total vendido no mercado doméstico superou os 2,8 bilhões de litros em janeiro, o maior volume mensal desde outubro de 2019. Em São Paulo, nos últimos sete dias, em termos de preços relativos no elo produtor da cadeia sucroenergética, o valor do anidro está 7,5% maior que o do hidratado. No caso do açúcar, o preço está 105,8% superior ao do hidratado e 91,4% maior que o do anidro. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.