18/Jun/2024

Os futuros de açúcar demerara fecharam em baixa nesta segunda-feira (17/06) na Bolsa de Nova York. O vencimento outubro caiu 43 pontos (2,21%), e fechou a 19,06 centavos de dólar por libra-peso. Os preços podem ter sido pressionados pela valorização do dólar ante o Real, que estimula os embarques brasileiros. Além disso, a trading Czarnikow estimou que o superávit global de açúcar será de 5,5 milhões de toneladas na temporada 2024/2025 (outubro de 2024 a setembro de 2025), 100 mil toneladas acima da previsão apresentada em maio. O saldo reflete a perspectiva de uma maior queda no consumo, de 1 milhão de toneladas ante a perspectiva anterior, do que a de produção, de 900 mil toneladas.

A Czarnikow espera que a produção global do adoçante atinja 186,5 milhões de toneladas em 2024/2025. Embora seja um pouco menor do que a previsão anterior, será a segunda maior já registrada, logo atrás da temporada 2017/2018. A diminuição na perspectiva deve-se a algumas revisões feitas nos números em regiões com produções menores. Outra temporada de produção recorde do Centro-Sul do Brasil e a recuperação na produção de açúcar da União Europeia e da Tailândia poderão resultar em um grande excedente de produção. Na última semana, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) informou que no acumulado da safra 2024/2025 até o fim de maio, a produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil avançou 11,8% em relação a igual período da temporada anterior, somando 7,837 milhões de toneladas.

A moagem acumulada subiu 11,15% no período, para 140,742 milhões de toneladas. Apesar do aumento no total da safra, as usinas produtoras de cana-de-açúcar no Centro-Sul processaram 45,19 milhões de toneladas do produto na segunda quinzena de maio, queda de 3,36% em comparação com 46,77 milhões de toneladas em igual período da temporada anterior 2023/2024. A produção de açúcar na segunda quinzena de maio totalizou 2,70 milhões de toneladas, perda de 7,72% ante a quantidade registrada em igual período na safra 2023/2024 (2,92 milhões de toneladas). O mix de açúcar ficou em 48,28%, ante 48,65% um ano antes.