03/Jul/2024
Segundo o Ministério de Relações Exteriores, ainda há resistência à pauta dos biocombustíveis no âmbito do G20. Esse movimento vem de países com pequena extensão territorial, que temem o uso de terras agricultáveis para a produção desse insumo. É uma questão de desmistificação do tema, que está acontecendo. Essa resistência está diminuindo e a questão do SAF (combustível de aviação sustentável) tem ajudado nisso. A União Europeia é um dos principais atores que resistem a abraçar incentivos aos biocombustíveis.
Ainda assim, os países do bloco hoje absorvem toda a produção de etanol de segunda geração, por exemplo, o que já demonstraria um avanço da pauta. Os membros da Aliança Global para Biocombustíveis, formada por Brasil, Índia e Estados Unidos, estão muito alinhados, o que fortalece a posição dentro do G20. A preocupação dos países europeus é considerada como "absolutamente normal", mas relatórios da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) mostram que não há insuficiência na produção de alimentos no mundo e que, onde há problemas, eles são relacionados à distribuição.
Todas as indicações da FAO apontam para direções que são diferentes dessa reação de alguns países. Então, o argumento de que está se substituindo alimentos por biocombustíveis é errado, porque há alimento suficiente. É preciso desmistificar esses temas, por mais que o aumento da classe média do mundo esteja fazendo com que o consumo de alimentos, evidentemente cresça. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.