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19/Aug/2024

Açúcar: futuros em alta com clima seco no Brasil

Os futuros de açúcar demerara fecharam em alta na sexta-feira (16/08) na Bolsa de Nova York. O vencimento outubro subiu 15 pontos (0,84%), e fechou a 18,03 centavos de dólar por libra-peso. O leve recuo do dólar ante o Real fortaleceu os ganhos do açúcar, desestimulando as exportações brasileiras. Além disso, há preocupações com o clima predominantemente seco no Centro-Sul do Brasil, que pode resultar no fim antecipado da safra na região. Modelos meteorológicos indicam condições entre amenas e quentes e chuvas limitadas na região no período de sete a dez dias.

Segundo a Paragon Global Markets, a condição dos canaviais é a pior em anos, e a questão é quanto o rendimento vai cair. A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), citando dados do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), informou que o rendimento agrícola médio no Centro-Sul caiu 10,5% em julho na comparação com igual mês do ano passado, para 87,5 toneladas de cana por hectare colhido. Na média do estado de São Paulo, a retração de produtividade foi superior a 15% em julho, chegando a 20% em regiões como Araçatuba, Assis e São José do Rio Preto.

Ainda assim, alguns traders agora argumentam que a produtividade não caiu tanto quanto o esperado. O ritmo de moagem continua acelerado e isso vai resultar em um fim de safra mais curto do que na temporada anterior. O levantamento semanal da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) com o posicionamento de traders deve mostrar que fundos continuavam apostando fortemente na queda das cotações na semana até 13 de agosto. O relatório anterior mostrou que fundos de investimento detinham uma posição líquida vendida em demerara de 62.762 lotes em 6 de agosto.