07/Oct/2024
Segundo a Ativa Investimentos, a mudança da política de preços da Petrobras, em maio do ano passado, está ajudando a manter a alta volatilidade internacional dos preços do petróleo longe do mercado brasileiro. Um eventual reajuste de combustíveis passou de "provável" para "possível", devido à mudança de rumo da commodity. O reajuste é possível porque o novo preço não respeita automaticamente o preço de paridade de importação, flutua nesse range (faixa). A expectativa de queda dos preços da gasolina e do diesel na última semana, por conta da queda do petróleo, impactaram positivamente as ações de distribuidoras como Vibra e Ultrapar na semana passada.
Porém, no final da semana passada, com o repique nos preços do petróleo, aumentou o pessimismo do setor de distribuição em relação à possibilidade de queda dos preços de combustíveis no País. Sem nenhum movimento pela Petrobras, inclusive com a presidente Magda Chambriard reafirmando que não pretende trazer a volatilidade internacional para o mercado brasileiro, o governo deve esperar para conceder um reajuste para os combustíveis da empresa. Não é possível descartar um reajuste. Mas, possivelmente, o governo vai esperar um nível de volatilidade mais baixa, e, em se mantendo preços no Brasil mais altos, não dá para descartar que vai ser feito alguma alteração.
Depois de tocar os US$ 70,00 por barril por alguns dias, o petróleo tipo Brent subiu para mais de US$ 77,00 por barril, com o acirramento da guerra no Oriente Médio, que envolve grandes produtores como Irã e Iraque. Juntos, os dois países fornecem 7 milhões de barris por dia ao mundo. Os preços da gasolina e do diesel, que estavam mais caros no mercado brasileiro até o dia 2 de outubro, passaram a registrar defasagem negativa em relação aos preços internacionais no dia 3 de outubro, segundo a Associação Brasileira de Importação de Combustíveis (Abicom). A gasolina está em média 5% mais barata no Brasil do que no exterior, e o diesel, 4%, levando em conta os preços praticados nas refinarias da Petrobras e da Acelen, que controla a Refinaria de Mataripe, na Bahia.
A defasagem em Mataripe, que diz praticar o preço de paridade de importação (PPI), abandonado pela Petrobras em maio de 2023, é de 7% para o diesel e de 6% para a gasolina. Nas refinarias da estatal, a defasagem é de 4% e 5%, respectivamente. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que a estratégia comercial da empresa tem garantido a estabilidade dos preços dos combustíveis no Brasil, mesmo com a volatilidade recente nos preços do petróleo, impulsionada pelo conflito no Oriente Médio. Segundo ela, a Petrobras utiliza suas melhores condições de produção e logística para definir os preços de gasolina e diesel às distribuidoras, minimizando o impacto das oscilações internacionais. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.