08/Oct/2024
De acordo com a representação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Brasília, a produção de açúcar no Brasil deve alcançar 43 milhões de toneladas em 2024/2025. O volume ficou abaixo da projeção anterior, de 44 milhões de toneladas, e do estimado para 2023/2024, de 45,544 milhões de toneladas. O USDA atribuiu a revisão à piora da qualidade da cana-de-açúcar. No entanto, investimentos anteriores feitos pelas usinas permitiram à indústria maximizar a produção. O Centro-Sul deve produzir 40 milhões de toneladas, enquanto o Norte-Nordeste deve somar 3 milhões de toneladas, já considerando eventuais efeitos dos incêndios em regiões produtoras.
Embora os impactos dos focos de incêndio na produção de cana-de-açúcar sejam difíceis de estimar, as perdas causadas diretamente pelos incêndios não devem afetar a produção total de açúcar do Brasil em 2024/2025. Apesar dos eventos climáticos extremos no Brasil, incluindo ondas de calor em diversas regiões, está mantida a projeção de moagem no País em 645 milhões de toneladas em 2024/2025. A revisão para baixo da produção de cana no Centro-Sul, de 600 milhões de toneladas para 590 milhões de toneladas, foi compensada pela maior projeção para o Norte-Nordeste, que passou de 44 milhões de toneladas para 55 milhões de toneladas. Em relação às exportações, está mantida a previsão de embarques do Brasil em 34,5 milhões de toneladas em 2024/2025.
Apesar dos altos preços no mercado internacional, o consumo global de açúcar permanece forte, e o açúcar brasileiro continua a suprir a demanda mundial, sustentado pela desvalorização constante da moeda local. Além disso, a oferta internacional de açúcar está equilibrada até o primeiro semestre de 2025, quando se espera um excedente devido às boas condições climáticas e à expansão da área colhida na Tailândia, além da possível retomada das exportações pela Índia. Considerando a baixa produtividade da cana-de-açúcar, foi revisado para baixo o mix de produção em 2024/2025, para 49% de açúcar e 51% de etanol. Anteriormente, a previsão era de 51% para o açúcar e 49% para o etanol. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.