18/Oct/2024
Segundo a Copersucar, o Brasil está em posição estratégica para liderar a transição energética global, aproveitando seu potencial no mercado de biocombustíveis. O País tem três grandes desafios que, se superados, podem consolidar seu protagonismo no setor, além de abrir oportunidades econômicas. O primeiro grande desafio da transição energética é equilibrar a segurança energética e a mitigação das mudanças climáticas. A migração para uma economia de baixo carbono só será possível com maior estabilidade climática, o que torna essa pauta urgente. Se não tiver condições climáticas mais estáveis, a transição energética ficará comprometida. O segundo ponto é a necessidade de reconhecer as pluralidades regionais, pois não existe uma solução única para todos os países.
Cada nação tem suas próprias necessidades e vocações, e o Brasil tem uma vantagem clara nesse contexto. O Brasil pode se beneficiar de várias soluções energéticas, como o etanol, biodiesel e biometano, sem que uma tecnologia precise competir diretamente com outra. Essas soluções são complementares e podem coexistir, trazendo flexibilidade para a matriz energética brasileira. O terceiro desafio envolve a priorização da redução das emissões de carbono em toda a cadeia produtiva, desde a extração no campo até o uso dos combustíveis. O Brasil está à frente nessa questão e já introduziu o conceito de 'emissões do poço à roda' no Combustível do Futuro. O País adotou uma abordagem agnóstica em relação à tecnologia, permitindo o desenvolvimento de várias soluções para atingir as metas climáticas, o que coloca o Brasil em vantagem. Destaque também para as oportunidades econômicas do País.
O Brasil já tem uma produção consolidada de biocombustíveis, e, diferentemente de outros mercados, o consumidor não precisa pagar mais caro por soluções renováveis como o etanol. Há alternativas como o biodiesel e o biometano, que podem oferecer custos menores do que os combustíveis fósseis. A Copersucar rejeita a ideia de que a produção de biocombustíveis possa competir com a produção de alimentos no Brasil. A questão 'combustível versus alimento' não se aplica ao País. Apenas uma ínfima parcela das terras é usada para bioenergia, e ainda há muito espaço para aumentar a produtividade sem expandir a área plantada. O Brasil tem a chance de consolidar sua posição como líder global em biocombustíveis, desde que continue investindo em tecnologia e inovação agrícola. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.