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23/Oct/2024

Cana: adoção de bioinsumos traz vários benefícios

O tratamento de canaviais com bioinsumos pela BP Bioenergy já alcança 3,35 milhões de hectares. Em 2019, eram apenas 193 mil hectares; foi um crescimento vertiginoso. A aplicação de bioinsumos nos canaviais traz benefícios não só em sustentabilidade, mas também por não depender tanto de importação de insumos químicos, como fertilizantes e agroquímicos, e da variação do dólar. Não é preciso fazer hedge de fertilizantes, o que sempre é algo muito difícil para o setor sucroenergético. A BP tem produção própria de bioinsumos e compra esses produtos de parceiros.

Neste ano, antes das queimadas, a ideia da BP Bioenergy era utilizar apenas 80 mil toneladas de adubos químicos nos canaviais da companhia. Em 2020, a empresa aplicava fertilizantes em 100% da área cultivada. Em 2023, os percentuais de aplicação de nitrogênio, fósforo e potássio (NPK) caíram, respectivamente, para 53%, 56% e 42%. Em 2025, a projeção é de aplicação de NPK em 35%, 33% e 17% da lavoura. Além disso, se em 2020 o uso de defensivos químicos liderava, com 64% do total, ante 36% dos biológicos, na safra 2024, esse número se inverteu, com 47% de aplicação de insumos químicos e 53% de biológicos.

Para 2025, a projeção é de 40% para químicos e 60% para biológicos. A adoção da biotecnologia é cada vez mais intensa e é um caminho sem volta. Esses insumos permitiram, também, que a produtividade aumentasse ao longo dos anos, de 74 toneladas por hectare em 2019 para 82 toneladas por hectare em 2024. Em 2025, a previsão de produtividade é de 85 toneladas por hectare. A longevidade dos canaviais também aumentou, ultrapassando os quatro anos, em média. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.