12/Nov/2024
Segundo a consultoria PwC Brasil, há uma migração de carros elétricos para híbridos e híbridos plug-in, em especial nos países que tinham decidido fazer a transição dos modelos a combustão direto para aqueles movidos só a bateria. O elétrico puro teve um certo arrefecimento global e, hoje, os híbridos aparecem mais como solução intermediária e mais interessante para a descarbonização. Outra justificativa para a retração dos elétricos na Europa e nos Estados Unidos tem a ver com a suspensão de incentivos governamentais para compra, que eram de € 7 mil e US$ 7,5 mil, respectivamente. Com a retirada de subsídios, as vendas tiveram uma queda, o que era esperado, pois eram valores que praticamente eliminavam a diferença de preços entre carros a combustão e elétricos, afirma a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
O mercado brasileiro também deve apresentar mudanças em breve no segmento de eletrificados (soma de elétricos, híbridos plug-in e híbridos), com o lançamento de diversos híbridos nacionais com motores flex a partir de 2025. Pelo menos um deles chega ainda neste ano. A Fiat informa que já iniciou a produção do seu primeiro híbrido em Betim (MG) e que as vendas começam em novembro. Atualmente, só Toyota e Caoa Chery fabricam híbridos no País. As vendas de híbridos no mercado nacional aumentaram 29% até setembro, com 38,6 mil unidades. Bem próximos, os plug-in somaram 38,2 mil unidades, um crescimento de 93% no comparativo com igual período de 2023. A Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) aposta mais na alta dos híbridos plug-in. Esses modelos podem rodar boa parte do percurso a eletricidade, e o motor a combustão só é acionado se não for encontrado posto de recarga no caminho. Há muitos projetos de infraestrutura a serem inaugurados a partir de 2025 e 2026.
Vários lançamentos anunciados pelas montadoras tradicionais são “micro-híbridos”, com um sistema que melhora a eficiência do motor em no máximo 7%, mas não tem tração elétrica nem baterias modernas. Estão sendo feitos para atender a normas de limites de emissão de gases poluentes, mas não são uma experiência de eletrificação. Na Alemanha, a perda de fôlego dos elétricos tem a ver também com questões financeiras. O custo da energia é comparável ou até mesmo superior ao da gasolina. Com o fim dos subsídios, o incentivo financeiro para o elétrico se perdeu e a decisão de compra passou a ser mais uma questão de consciência ecológica. No caso do Brasil, houve uma recomposição do Imposto de Importação para elétricos e híbridos, e as margens ficaram um pouco mais apertadas para algumas empresas. De uma forma geral, é uma acomodação também, porque não se imaginava a manutenção do percentual de crescimento que vinha sendo verificado para os elétricos) e, à medida que essa base cresce, o percentual tende a ser mais lento. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.