17/Apr/2025

Os futuros de açúcar demerara fecharam em alta nesta quarta-feira (16/04) na Bolsa de Nova York. O vencimento julho ganhou 31 pontos (1,78%), e fechou a 17,72 centavos de dólar por libra-peso. O dólar em queda ante o Real pode ter impulsionado os preços. A moeda norte-americana enfraquecida torna as exportações menos atraentes para produtores brasileiros, o que tende a reduzir a oferta global do produto. O petróleo valorizado também é um fator altista, visto que aumenta a competitividade relativa do etanol e pode acarretar um mix mais alcooleiro no Brasil. O cenário no País parece ser mais positivo para os preços internacionais.

Dados de moagem da segunda quinzena de março no Centro-Sul, com usinas que já iniciaram o ciclo 2025/2026, mostraram que a qualidade da matéria-prima colhida, mensurada em Kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar processada, recuou 4,16% na comparação com igual período do ciclo anterior, para 107,68 Kg por tonelada. Chuvas abaixo da média no Centro-Sul nos últimos três meses podem ter comprometido áreas de cultivo. Consultorias como a Archer já projetam perdas de até 5% na nova safra, o que, na prática, pode significar uma oferta abaixo de 590 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. No canavial, o início da safra 2025/2026 carrega consigo mais dúvidas do que certezas. Em conversas com diversas usinas, o sentimento da maioria é de preocupação. A qualidade da cana-de-açúcar vem abaixo do esperado.