24/Apr/2025

Segundo o Itaú BBA, o preço do etanol hidratado deve seguir em queda nos próximos meses. O avanço da safra 2025/2026 favorece a moagem de cana-de-açúcar. A expectativa é que a oferta continue em crescimento com o avanço da colheita, pressionando os preços. O incremento de produção deverá pressionar os preços do biocombustível até o final do primeiro semestre, como é típico da sua sazonalidade. No entanto, a queda deve ser limitada pela demanda ainda aquecida.

Esses preços não devem cair muito, pois a demanda segue muito aquecida. Mesmo com o ritmo forte da safra, a estimativa do Itaú BBA é de que a oferta total de etanol em 2025 caia 5% em relação ao ano anterior, somando 33,1 bilhões de litros. Isso porque a produção de etanol de cana-de-açúcar deve recuar 13%, para 23,5 bilhões de litros, enquanto o volume produzido a partir do milho crescerá 17%, atingindo 9,6 bilhões de litros. Além disso, há mudanças na composição da produção. A produção de etanol anidro aumentará a sua participação na produção total, o que deve reduzir a disponibilidade de etanol hidratado para o mercado de combustíveis em 12% no período.

Com isso, a relação de paridade entre o etanol hidratado e a gasolina deve subir. A estimativa da paridade média no estado de São Paulo para a safra 2025/2026 é de 72%, acima dos 68% da safra 2024/2025. A tendência de preços na bomba, no entanto, também dependerá do comportamento da gasolina da Petrobras, que deve se manter estável durante os próximos meses. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.