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24/Apr/2025

Açúcar: dólar e petróleo elevam os preços futuros

Os contratos futuros de açúcar fecharam em alta nesta terça-feira (22/04) na Bolsa de Nova York. O contrato com vencimento em julho de 2025 subiu 22 pontos (1,24%), e fechou a 17,96 centavos de dólar por libra-peso. O dólar mais fraco ante o Real impulsionou os preços, desestimulando as exportações brasileiras. A valorização do petróleo também foi altista, melhorando a competitividade relativa do etanol. Além disso, o Itaú BBA reduziu suas estimativas para a moagem de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil na safra 2025/2026, que começou neste mês de abril, para 590 milhões de toneladas, ante as 601 milhões de toneladas projetadas anteriormente.

O volume representa queda de 5% em relação à safra 2024/2025 e reflete o impacto do clima seco nos últimos meses. Os meses de fevereiro e março apresentaram um volume de chuvas bem abaixo da média. Com um ATR médio estimado de 141 Kg/tonelada de cana-de-açúcar e um mix de 52% voltado para o açúcar, a produção do açúcar foi revisada para 41,2 milhões de toneladas, volume inferior ao previsto anteriormente (42 milhões de toneladas), mas ainda 2,7% superior ao da safra passada. No cenário global, o Itaú BBA ajustou o balanço da safra 2024/2025 (outubro de 2024 a setembro de 2025) para um déficit de 4,3 milhões de toneladas, mesmo após considerar quebras de safra na Índia e Paquistão e uma desaceleração parcial do consumo global.

Para a safra 2025/2026, a projeção é de superávit de 2,7 milhões de toneladas, mas há riscos. As previsões para a produção estão otimistas, o que tem um risco relevante de não se concretizar, lembrando que o volume dependerá também da competitividade do açúcar frente ao etanol. Entre outras questões, o Departamento de Alfândegas da China (GACC) informou que as importações chinesas de açúcar somaram 70 mil toneladas em março, avanço de 545,1% ante o registrado no ano anterior. Contudo, no trimestre, o volume importado caiu 87,6%, para 150 mil toneladas.