24/Apr/2025
Os contratos futuros de açúcar fecharam em baixa nesta quarta-feira (23/04) na Bolsa de Nova York. O contrato com vencimento em julho de 2025 recuou 8 pontos (0,45%), e fechou a 17,88 centavos de dólar por libra-peso. O petróleo mais fraco pesou sobre as cotações, piorando a competitividade relativa do etanol. A alta do dólar ante o Real, contudo, limitou perdas maiores. Sinais de alívio na oferta também podem ter influenciado na sessão. A produção de açúcar no Brasil deve alcançar 44,7 milhões de toneladas em 2025/2026, estimou a representação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Brasília. O Centro-Sul deve ser responsável por 41,1 milhões de toneladas do total, aumento de 1 milhão de toneladas ante a temporada anterior. O Norte-Nordeste deve produzir 3,6 milhões de toneladas. O volume ficou acima da projeção para 2024/2025, de 43,7 milhões de toneladas.
A expectativa é de uma produção total de cana-de-açúcar de 671 milhões de toneladas, sendo 618 milhões de toneladas do Centro-Sul e 53 milhões de toneladas, do Norte-Nordeste. Para 2024/2025, a estimativa é de uma produção total de 677,8 milhões de toneladas, sendo 621 milhões de toneladas do Centro-Sul e 56 milhões de toneladas do Norte-Nordeste. Além disso, a aproximação da nova safra do Centro-Sul tende a aumentar a disponibilidade de curto prazo, em meio a uma demanda em ritmo lento. Enquanto o mercado aguarda o relatório União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) de fechamento de 2024/2025, as chuvas voltaram ao Centro-Sul, aliviando parte do pessimismo trazido por um fevereiro seco, com melhorias em índices como o VHI (índice de saúde da vegetação).
Os resultados finais da temporada de moagem da Tailândia mostraram que 92 milhões de toneladas de cana-de-açúcar foram colhidas e 10 milhões de toneladas de açúcar foram produzidas. Embora esse resultado esteja aquém das expectativas iniciais, ainda é mais saudável em comparação com o ano anterior, quando foram colhidas aproximadamente 82 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Ainda na Ásia, o Centro de Previsão Climática da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) confirmou o fim do período La Niña e o início de uma fase Neutra, o que poderia afetar positivamente o desenvolvimento das safras no Hemisfério Norte. Com isso, as previsões para a qualidade das monções da Índia indicam que as chuvas em 2025 devem ficar 3% acima da média de longo prazo, o que pode levar a uma maior disponibilidade de cana-de-açúcar na temporada 2025/2026.