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29/Apr/2025

Carros: frota do Brasil mais velha e pouco eletrificada

Após quatro anos seguidos de crescimento abaixo de um dígito, a frota brasileira de veículos aumentou 2% no ano passado em relação a 2023, o melhor desempenho desde o período pré-pandemia. Circulam pelo País atualmente 48 milhões de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Descontado o percentual que deixou de rodar por perda total em acidentes ou desmanches, as cidades brasileiras receberam mais 5,1 milhões de veículos em uma década. Entre os automóveis, que representam 82% desse total, se destaca a alta da participação dos modelos híbridos e elétricos, de menos de 0,1% em 2019, quando apareceram pela primeira vez nas estatísticas, para quase 1% em 2024.

Embora seja uma fatia ainda pequena, a evolução desses modelos tem sido constante. Em uma década, os eletrificados em circulação pelo País passaram de 2,9 mil para 388,2 mil, um crescimento médio anual de 71,3%. Em razão dessa demanda, sobretudo por modelos elétricos que ainda não são produzidos no País, houve significativa aceleração nas importações, especialmente da China, maior fabricante de veículos eletrificados. Da frota brasileira, 7 milhões de veículos são importados, o equivalente a 14,7% do total.

É a maior participação desde 2018, segundo relatório anual feito pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças). Atribuído à expansão da atividade econômica, à queda do desemprego e ao aumento da renda da população, o crescimento da frota não significa, contudo, uma renovação dos veículos que circulam pelo País nem uma melhora importante, por enquanto, no processo de descarbonização com a chegada mais forte dos eletrificados. A frota atual tem idade média de 10 anos e 11 meses, a mais alta desde 1992.

Separada, a de automóveis é ainda mais velha, com idade média recorde de 11 anos e 2 meses. A introdução de novos veículos ainda não é suficiente para promover uma renovação. Automóveis com até cinco anos de uso, chamados de seminovos, tiveram sua participação reduzida de 37,6% em 2015 para 20,6% no ano passado. Em contraponto, a de modelos com 11 a 15 anos passaram de 15,2% para 31%. Nos últimos três anos, é nessa faixa que está a maioria dos carros de passeio que rodam pelo Brasil. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.